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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os objectivos pretendidos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, padronizadas, politicamente correctas, adormecidas... ou espartilhadas por fórmulas e preconceitos. Embora parte dos seus artigos se possam "condimentar" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade de expressão" com libertinagem de expressão, considerando que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros"(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico, dinâmico, algo corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausado, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas incursões, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell). Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de interessantes sítios a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão abt com alguma dessas correntes... mas tão só a abertura e o consequente o enriquecimento resultantes da análise aos diferentes ideais e correntes de opinião, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais, válidos e úteis, dando especial primazia aos "nossos" blogues autóctones... Uma acutilância aqui, uma ironia ali, uma dica do além... Assim se vai construindo este blogue... Ligue o som e... Boas leituras.

sábado, 17 de dezembro de 2011

BOAS FESTAS


BOAS FESTAS

Aos estimados ciberleitores que neste jardim à beira-mar plantado e, na Argentina, na Alemanha, em Angola, no Afeganistão, na África do Sul, na Arábia Saudita, na Argélia, na Áustria, no Azerbaijão, na Bélgica, na Bósnia-Herzegovina, em Cabo Verde, no Canadá, no Chile, na China, na Colômbia, na Coreia do Sul, na Costa Rica, na Croácia, na Dinamarca, no Egito, no Equador, na Espanha, na Eslovénia, nos Estados Unidos, na França, na Holanda, em Hong-Kong, na Hungria, na Índia, na Indonésia, em Israel, na Itália, no Japão, em Jersey, na Jordânia, na Letónia, no Malawi, em Marrocos, no México, em Moçambique, na Noruega, na Palestina, no Paraguai, na Polónia, em Porto Rico, no Reino Unido, na Roménia, na Rússia, na Sérvia, em Singapura  na Suécia, na Suíça em Timor-Leste e na Ucrânia, têm contribuído com éne de alentos para que cá o Cidadão abt se mantenha na senda destas crónicas maradas e prossiga Passo a Passo, em busca de pixéis bué da esquisitos...
 -Aah...aH?!!
Aos comentadores habituais, a todos os linkados, aos blogueiros amelgaçados, às vitimas que por aqui adquiriram neuroses intermitentes e urticaria no couro cabeludo, aos visitantes destas xafaricas onde melhor oxigenaram o sangue e o cérebro, a todos quantos à custa dos dislates aqui postados libertaram as suas museológicas endorfinas, àqueles desgraçados que desenvolveram lassidão nos esfíncteres, aos incautos que tiveram o azar de aceder a estes sítios onde nada de reverente se aprende e às pecaminosas rebeldes que de cabelos longos e olhos profundos tomam a veleidade em se exaurirem sobre tamanhas bitáitadas, são-lhes desejadas montanhas de êxtasiantes festas penetradas nos prendados vales encaixados em profundas e quentes galerias ripícolas humedecidas por altas cascatas de espumantes regurgitações!
-Uaaaaaau! Meu Deus! K’a ganda post!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A BUSA

A BUSA

Ao dar de caras com esta coisa esquisita, de imediato veio à idéia cá do Cidadão abt que se tratasse de nova aquisição para limpeza das vias urbanas, uma daquelas máquinas de enorme bigodaça e duas escovas laterais que rodando, respingam bem devagar as paredes, montras e viaturas tubucas...
Assim se dá início a esta enorme crónica marada que se desenrolou no limbo entre a ficção e a realidade...
A ver vamos se o ciberleitor aguenta a ciberviolência até ao final ou se flipa de vez, dirigindo os seus digníssimos bitáites para outro site deveras formal...
Regressando à maquineta, mais próxima já se lhe aparentou algo diferente...
Um Grand Chatenet, ou melhor dezido, um super papa-reformas familiar... Como se designaria aquilo?
Talvez... Gasparzinho... ou Alvarinho... Sabe-se lá...
Observando atentamente, associou-a às árvores de Natal de cor azul celeste que apareceram misteriosamente pintadas nas ruelas do centro histórico de Tubucci...
Mais surpreso cá o rapaz ficou ao dar-se conta que, sempre que alguém lhe agitasse o braço ou erguesse a mão, qual pachorrento camaleão, a viatura parava imediatamente acendendo os piscas todos e ao abrir aquela bocarra negra de dentes amarelecidos, imediatamente tragava o ousado que a atiçara!
O Cidadão abt arriscou o tímido sinal...
Vai daí... o bicharoco... estacou!
Há coisas fantásticas!
Das entranhas, ajeitou sua dentuça...
Mal seja, mal será...
-Uau!!
São doze lugares sentados e catorze de pé... encaixados numa altura de... Hum... aproximadamente... dois metros e vinte... e área adaptada para um rodinhas...
Ah! O logótipo... Da fábrica de Sakarya, na Turquia, com motorização Italiana, fora importado um pequeno...
...que em bom luso talvez significasse um abreviado “autocarro”... 
Coisas feitas à pressa... dão nisto.
OtoKar...
Ora essa!
Sempre se ouvira dizer que as cadelas apressadas parem os cachorrinhos cegos.
Equipado com um motor IVECO F1C a gásoil de 2998 centímetros cúbicos distribuídos por quatro generosos cilindros em sistema common rail, sobrealimentado por turbo intercooler, debitando generosos 146 cavalos vapor, provida de uma caixa de velocidades manual de cinco velocidades, permite que esta viatura atinja os110Km/h... 
A suspensão semi-pneumática permite arrear a carroçaria para que as pessoas de mobilidade reduzida possam aceder-lhe facilmente a partir da plataforma lateral manuseada pelo condutor que terá de se levantar do banco sumo-rijo limitado em amplitudes de elevação e ajustamento... 
Fazendo contas por alto, esta máquina calcorreia aproximadamente 187Kms diários no Cento Histórico e 294Kms ao fim-de-semana, estimando-se a média de 5477Kms mensais.
Abalizando o consumo urbano de 8 litros aos100Km, enviará para a atmosfera resíduos de 478 litros de gasóleo por mês. Somemos-lhe o preço de aquisição, os encargos de manutenção e o salário de dois condutores... tendo a prestação de serviços sido contratada por uns módicos sessenta e sete mil e oitocentos euros anuais. 
Na segunda-feira de mercado semanal que será um dos dias mais concorridos, esta viatura perfaz o circuito histórico em vinte minutos, dando boleia a uma média de quatro passageiros por volta... salientando que algumas são executadas com zero fregueses.
Humm...
Conjugando-se o município tubuco no feminino e promovendo a igualdade do género, entendeu Matri Harka que os Paços do Concelho transpiravam masculinidade por todos os poros e que as três aguadeiras prostradas na Praça Raimundo Soares representam o quadro de uma tarefa tradicionalmente conotada à mulher!
No Jardim da República a mulher surge como um ser revoltado e sofredor com a partida dos entes mais queridos para as trincheiras da Primeira Grande Guerra Mundial... de lá regressando mais mortos que vivos.
Às portas do Convento de São Domingos, encontramos a mulher candura, submissa e vergada sobre a sua sanha.
Havendo que romper com a mentalidade medieval que toma a mulher por objecto de prazeres libidinosos, dela se servindo para a procriação, lavar pratos, cuidar do lar, subjugando-a a deveres e obrigações em detrimento dos direitos, razão para que em prol da sua afirmação, o novo transporte público urbano de Tubucci não se designe BUS, mas se apelide de BUSA!
Por consciências de ordem civilizacional é imperioso que muitos dos cargos públicos de relêvo sejam liderados no feminino, no intuito de moldar muitas mentalidades retrógradas que grassam nesta sociedade consumista, diluindo os preconceitos e contribuindo para que de uma vez por todas se erradiquem atitudes e comportamentos cobardolas com a demissão da preconceituosa vizinhança refugiada no velho ditado:
 “Entre marido e mulher ninguém mete a colher”,
...Com o laxismo legislativo, a passividade das autoridades e para vergonha de todos nós, infelizmente ascenderam a quinze mil, o número de mulheres que intimidadas no silêncio dos seus lares, durante este ano em Portugal foram submetidas aos maus-tratos físicos e psicológicos dos seus companheiros!
...39 destas infelizes foram vítimas de crime tentado e 23 sucumbiram à violência doméstica!
Uma selvajaria terceiromundista sem fim à vista!
Besta que se preste a estas selvajarias, merece ser arrastado pelos tomates, passando o resto da vida em prisão perpétua, sob vigilância de carcereiras!
Bom... Adiante!
Também este autocarro se metamorfoseou... 
M-2010?
Irra qu’inté o modelo da viatura tinha inicial de mulher!!!
Ainda mais!... No fim de contas, “OtoKar” não significará autocarro, mas relatório...
Que raça de nome!
Se a coisa levasse dois “tês” ler-se-ia OttoKar, expoente cíclico dos motores de ignição comandada...
Só “OtoKar” é carripana de rendimento...
Mas o mais certo é a marca ter sido inspirada na tribo Oguz cuja dinastia Osmanli deu origem ao Império Otomano que em tempos idos reinou no território turco!
BUSA” assentaria bem melhor... naquela coisa pequenininha, redondinha, maneirinha, jeitosinha, de chapa sensual e de virtudes no Centro...
-“Tacógrafo” é muito macho...

Sugeriu o tímido padroeiro dos universitários e pessoas de maus fígados durante uma reunião acontecida no salão maneirista onde a seu tempo, hipotéticas nomenklaturas foram levadas a discussão em torno da mesa presidencial constituída por um leque de edis...

-Òh! Pá! Isto não é desporto mas mesmo assim ainda tràs muita àctividáde para o Centro Histórico e a juventude reconhece! Àcho é que no tejadilho se deveria instalar um dispositivo que permitisse deslocalizar três kayak’s! Recordam-se dos “pães de forma,” aquelas carrinhas Volkswàgen dos hippies e dos surfistas? A màlta até podia fazer uma vaquinha entre as Piscinas Municipàis, a Estação de Canoàgem do Rossio e vice-versa... passando pelo Centro Histórico! Clàro! Gànhàvamos em notabilidàde e projectàvamo-nos nas rotas internacionàis da canoàgem!!

Efusou o entusiástico Neolítico da autarquia.

-?! O senhor vereador não acha que essa seja uma proposta  inviável? Com as canoas no tejadilho, o miniautocarro atravancava-se nas sacadas dos edifícios históricos da Rua Grande!

-Eu não sou contra... mas no meu entender acho que isto do... do, do circuito devia de ser ao contrário... porque senão estamos a criar um monstro com muitos tentáculos!

Intrometeu-se o vertebral Maya da Vinci.

-Como assim, senhor vereador? Fazer o percurso em marca à ré?!

-Não, senhora presidenta. No meu entender, o circuito devia de ser feito no.. no sentido inverso...O que mais se me preocupa é que ao chegar ao Castelo, devemos de dar uma volta de 360º àquilo, senão caímos no precipício e... e cá temos um monstro que trucida, esmaga, sufoca e, e... e a... asfixia!

-Senhor Doutor Maya da Vinci! Isso não é alternativa que se apresente! O senhor está sempre do contra! Queira saber, senhor vereador, que a opção pelo circuito dos 5200 metros no sentido proposto prende-se com a necessidade de articular este transporte com os demais, facilitando a acessibilidade dos munícipes residentes no Centro Histórico às cidades de Lisboa, Porto, Coimbra, e às principais capitais europeias!

-?!

-Com licença... Ainda era garoto quando desembarquei na estação de Santa Apolónia, comecei por frequentar o Colégio Francês onde havia raparigas bonitas, chiquérrimas e de boas famílias. 
Foi lá que recebi uma educação excepcional e foi lá que aprendi a tocar piano e a diccionar iú, je, lui, liu, lu, iou, le, il, rien, nest pas, elle, alors, combien, voilá, vuálá, piaf, sui, au, ô, tiu, tú, fú, fiou, bijou... 
Foi nesse Colégio Francês onde ganhei o "geito" de escrever coisas sem jeito e a ser “assersativo” com os operários de todas as raças, credos e cores que nas minhas obras eram respeitados condignamente. 
"Aglunei" vastos conhecimentos políticos, geográficos e territoriais da região e entendo que Tubucci vem desperdiçando a minha larga experiência e, desde os tempos em que me apresentei como militante das fileiras do partido comunista, tentei integrar-me nas listas socialistas à câmara, candidatei-me pelos social democratas, pertenci ao Centro Democrático e Social, regressei aos social democratas e voltei a candidatar-me duas vezes pelos populares. In extremis, sou um quasi-doutor  dos sete ofícios nos domínios da construção e entendo que o centro desta mesa deveria ser decorado com um arranjo floral de iCabana que consiste em três pauzinhos... 
O pauzinho principal e dois pauzinhos secundários. 
O pauzinho principal colocado na vertical representa o Céu… 
O segundo pauzinho não poderá ultrapassar dois terços da altura do maior e representaria o homem e o mais pequeno seria a terra, reunidos na base... 
Preenche-se o prato com galhos, frutos silvestres, folhas outonais e flores de todos os géneros e depois amarra-se o conjunto com um baraço que pode ser em ráfia ou sisal. "Ageitava-se" para aqui uma ténue fonte de luz que incidisse no sentido ascendente que daria um bom ambiente ao salão nobre. Podia adicionar-se um toque de incenso... por exemplo um defumador de Gerânio...
Sou da opinião que o maior problema da saturação do Centro Histórico com transportes urbanos prende-se com a questão da emissão de gases para a atmosfera que aumentam o buraco no ozono acentuando o aquecimento global e consequentemente contribuindo para o  acréscimo exponencial da população de ursos polares. 
Tubucci poderia aproveitar o conceito urbanístico de Cidade Criativa desenvolvido por Richard Flórida que promoveria mudanças significativas no estilo de vida e condições de acesso ao trabalho, contribuindo de grosso modo para a prosperidade dos tubucos depois de vencida esta crise que a todos nos tem assolado. 
Também entendo que na falta de quartel, se devia colocar um piquete de bombeiros sapadores na zona norte do concelho e na qualidade de honorário representante semi-demissionário da Comissão Municipal de Segur...

-Desculpe senhor Bob! Esgotou-se o seu tempo de intervenção!

-Mas eu ainda mal fal...

-O senhor Bob quando toma a palavra perde a noção do tempo!!!

-Só queria sugerir que a carripana devi...

-Tenha lá paciência!

 -prosseguir pelo Vale da Cerej...

-Despache-se!

-DesceràRibeiradaBrunhetapassarpelaSenhoradoTo...

-Não tarda é meia-noite e não chegamos a consenso!

-CircundaroAdrodoSou...

-Basta! É demais! Há outros colaboradores a pedirem a palavra e o assunto em discussão não é o seu currículo nem o centro decorativo desta mesa nem o circuito da carripana, nem as Cidades Criativas do Flórida mas o nome que se deverá atribuir ao miniautocarro!

-Demito-me do cargo e prontos! Mas a senhora doutora não se esqueça que eu não falei de "improvizo".
-Adiante! Senhor Vyce! Está para aí há tanto tempo com o dedo no ar! Dê-nos a sua opinião. O que nos tem a propor sobre a BUSA, se faz favor.

-Senhora presidenta. Há uma coisa que me anda cá a moer... Com a introdução das portagens no IC3 e na A23 vou necessitar de um subsídio complementar de deslocação, caso contrário ficarei numa situação constrangedora...

-Como assim?

-Estou tentado em sugerir aos nossos homólogos de Thomar que alterem a designação toponímica daquela cidade... para "Nabanthia"...

-Não o entendo! Desabafe!

-Vossa excelência deverá estar recordada que desde o dia em que foram inauguradas as novas infra-estruturas do Parque de Campismo do Castelo de Bode, há uma estrada municipal à qual poderei recorrer quando venho para Tubucci e por aí dispensarei o pagamento das portagens, no entanto, senhora presidenta e senhores vereadores, o meu grande problema é que quando páro em Martin para ir ao café, logo aí me atentam o juízo dizendo-me que se venho para Tubucci tenho que deixar Thomar atrás.

-?!

-?

-Só tem isso para nos apresentar!?

-Só, e não é pouco!...Aliás, acho bastante grave.

-Senhor Vyce. Não lhes dê importância. É uma brincadeira que as pessoas cá do concelho costumam dizer... e como ainda não se ambientou!... Estranha essa observação, como é claro! Mais uma vez lembro os presentes que esta reunião se prende com a BUSA e não com quezílias pessoais!

-Haja decôro! O senhor Vyce poderá fazer um desvio pelos Montes Brancos e passar pelo Souto que lá terei todo o prazer em o receber e lhe oferecer uns copos de tintureiro! Até lhe ofereço um garrafão de cinco litros! Este ano a colheita dos bagos de uva tintureira deu-me para duas pipas de carrascão e uma barrica de água-pé mas não vai nenhum para o veterinário nem para os herdeiros dos franceses.

-O senhor Bob não acabou de anunciar a sua demissão?!

-Demiti-me sim, do cargo, mas não me demiti de falar pausadamente pelos cotovelos, nem de me "manisfestar" no meu blogue nem de convidar os meus ex-amigos, senhora presidenta. Sem migo, nem a concelhia do partido onde milito nem este concelho irão adiante! Por isso é que defendo a tese das Cidades Criativas de Richard Flórida! Aliás, deviam ler as minhas Histórias do Souto no meu blogue tão "geitoso" que é o "Espinho do Zêzere tbc"... anotem aí... Os meus relatos vão ao encontro dos conceitos urbanísticos de Richard Flórida.. e histórias muito melhores que as descritas na obra literária do meu primo Irrequieto, editada pela Feno de Tubucci, ou daquela chachada na Internet com as crónicas de um qualquer Cidadão abt em busca do crocodilo perdido. São coisas onde não desperdiço o meu precioso tempo de leitura! Com esses fulanos aqui do cabeço nada se aprende e nada se acrescenta para o desenvolvimento deste concelho onde continua tudo como dantes! Esta assembleia é uma "festangada". Tubucci merecia que eu fu...

-Irra! Esta gente não há meio de se entender!

-O senhor segurança não é para aqui chamado! Faça o favor de fechar essa porta pelo lado de fora que está a entrar uma corrente de ar frio! Senhor Bob. Basta! Tem pilhas Duracell? Cale-se de vez! 

-Sim, senhora presidenta. Desculpe senhora presidenta.

-Desculpem a intromissão mas isto pesa na consciência.  A...a  respeito do... do  problema levantado pelo senhor Vyce e porque nesta terra há coisas que se nos magoam e se nos doem bastante... Já o... o meu tio se me dizia que as pessoas desta região são de uma maledicência terrível!...

Ajeitando os óculos transparentes em toda a verticalidade do seu metro e noventa, assim insistiu Maya da Vinci.

-Senhor Doutor Maya! Então?!

-Senhora presidenta. Isto é insuportável. Não se me pude de conter com a, a falta de cultura democrática que grassa nos passos deste concelho. Fique sabendo que inclusive mudei a... a minha filiação partidária para outro circulo e jamais tenciono de recandidatar-me em Tubucci... Já fui de me filiar na concelhia do pêéssedê do Lumiar!

-O senhor vereador veio da Ponte de Sõr e declara-nos que daqui parte para Queluz! Perante tais factos, certamente que estará de passagem... não?

-A...a senhora presidenta fique sabendo que me considero uma pessoa i... independente e me corre sangue nómada nas veias porque quando era pequenino fui criado por uma cigana velha...

-É precisamente essa a razão que me move a ter um fraquinho por si, senhor Doutor Maya da Vinci!

-A... a sua observação re... e... conforta-me bastante, senhora presidenta...

-E eu quando me pronuncio?! Nunca mais me dão a palavra?

-Adiante! O Senhor Arnez tem a palavra! Faça o favor de se pronunciar!

-Ora bem. Desde que não ponham os tubucos a saltar o Bósforo... tanto se me dá que seja OtoKar, Tacógrafo, BUS, Centro... ou M-2010!...Temos é de escolher um nome com cautela e moderação! Há que deixar passar dois anos para vermos se nessa altura a maquineta ainda funcemina e então planearmos as estratégias. Dou a minha intervenção por terminada..

Ascendeu Charles Arnez, o indiscípulo de Al-ban, El-Albanito.
 -Nem Tacógrafo, nem Centralina, nem Otokar, nem BUS, nem iCabana, nem tintureiro, nem monstro, nem M coisa nenhuma! Põe-se-lhe “BUSA”, não vai daqui para lado nenhum e mais nada! Acabou-se! Vocês são uns profetas da desgraça!...
Fica “BUSA que é um nome giro, não acham?!

-Achamos sim. Senhora presidenta!

Foi a deliberação em uníssono.
Prontos... deve ter sido pouco mais ou menos assim que a coisa se deu lá pelo Palácio dos Filipes...
Já no inicio dos anos oitenta do século passado no tempo em que a grande activista Maria de Lourdes Pintasilgo assumiu as rédeas do poder, houve uma tentativa de incrementar o feminismo, quando o Salvador Caetano comercializou uma parga de “autarquias” com os municípios, consistindo nuns mini-autocarros Toyota Dyna de 21 lugares, tendo os seguintes dizeres nas laterais:
 “Mais uma autarquia ao serviço do povo”.
As mulheres são seres fantásticos, fascinantes, inteligentes, complexos, inconstantes e emotivos, daí haja que as saber ler, interpretar, entender e compreender!
No dia da inauguração, autarcas e outros afins deram o seu girinho como sardinha enlatada, testando esquinas, suspensões, transmissões, propulsões e contra-brecagens da BUSA!
Evidentemente que a fábrica dos carros de combate do Exército Turco não iria deixar os abusadores tubucos envoltos em maus toalhões! Nem os turqueses desejariam isso!
Segundo o captado pelo microfone virtual secretamente instalado na cabine da BUSA, mal a viagem tinha começado já Mahamou Àmuáhamadinejana desabafava para a sua digníssima e inseparável esposa, guardiã dos jarrões gregos, múmias egípcias e outros artefactos mesopotâmicos:
 -Tenho um desejo...

Murmurou Mahamou Àmuáhamadinejana...

-A estas horas? Queres filosofalar...não?

Foi a resposta lapidar da meritíssima esposa.

-E que tal aproveitarmos este momento tão oportuno para fazermos um Coaching no meio do pessoal?!

-Cala-te pá e recolhe-te na lamparina... mas é!...

-Agora não me apetece filosofalar! Assim sem fazer um Coaching, não quero abusar mais! Estou farto! Farto! Nos apertos que aqui levo até já me saltou a tampa por tanto me friccionarem o bojo da lamparina!

-Olha! Olha! Porta-te, senão ficamos de candeia às avessas, entornamos os azeites e acabamos por perder a parte dos besuntos!

 -Querida... Isto são só velhos finos... As janelas não abrem e o ar está ficando saturado de Chanel 5, Gucci, Gabana, Dutti, Rochas, Prada, Rabanne, SuváKu e outras essências esquisitas!...Não tarda muito que desate a espirrar cicutas e o acne se me assanhe! Está bem... Vamos mas é apear-nos aqui e ir filosofalar para esplanada do Tónho Paulos antes das gravações com o Apache!

-Não gosto de te ver assim... mete-me essa camisola para dentro e puxa as calças para cima!Vamos! Onde está o botão da campainha... Ah! É aqui!

-áááííííe! Não me arrepenhem os cabelus senão não levo os vossos meninus colher rosas nos jardins cá da Ticeleste!!!

-Vocêi tjirou partjido dje mim, àbusou... Trá-lá-rá! Vociê tjirou partjido dje mim àbusou... Vocêi tjirou pártjido dje mim, àbusou... Vocêi àbusou... Trá-lá-rá! Vociê tjirou partjido dje mim àbusou... Vocêi tjirou pártjido dje mim, àbusou... Vocêi àbusou... Trá-lá-rá...

-Ò Nanda! Cala-te com essa cantilena estúpida, que me estás a enervar e desata mas é a fotografar os edis e os senhores convidados!

-Sim, senhora presidenta. Desculpe, senhora presidenta!

Mais uma vez Matri Harka pondo ordem na Excursão Autárquica pelo Centro Histórico.

-Senhora presidenta... Não será que isto leva carga a mais? Se a bófia nos topa e manda parar a BUSA... estamos quilhados...sabe...
Foi mais ou menos assim que um senhor comprimido na multidão dos abusadores enlatados revelou a sua apreensão...

-Homem! Fique descansado! Não há problema porque tenho um protocolo de imunidade par’lamentar assinado com a minoria étnica!

Lançou Matri Harka de cima do seu metro e tantos centímetros!

-Pessoàl! E se agora fôssemos todos até ao Mercàdo Criativo apreciàr a louça das Caldas? Bóra lá!

Gritou o vereador Neolítico.

-Ai! Você é terrííível! Quando é que pomos em pé aquela idéia de fazermos um congresso concelhio para gays e lésbicas? Era uma rota porreira que nos dava bastante visibilidade...

-Valha-nos Frei Tomás!

-Senhora presidenta... o seu vereador Neolítico gritou tão alto que me pôs o amplificador auditivo a zenir... Afectou-me a sinestesia, fiquei com tonturas e sinto dificuldades em descer o degrau da sua BUSA... Ajude-me, por favor...
Foto gentilmente cedida por um ciberleitor deste blogue marado, onde se pode apreciar a prestabilíssima presidenta em voluntariosa atitude.
Concluíra que as árvores de Natal pintadas a azul celeste indicavam os corredores para a BUSA poder circular...
Bilhete?
Qual bilhete?
Decerto que aquilo seria o brinquedo da época!
O presente do município tubuco que durante o mês de Dezembro poderia ser livremente montado por qualquer abusador!
E as voltas que o brinquedo deu, Mon Dieu!
Foi percorrendo as ruas do centro histórico enquanto ia tragando e vomitando pessoas de braço esticado! Do mercado diário ao cemitério, ao hospital... bom... costuma ser ao contrário... do hospital para o cemitério mas prontes... foi ao tribunal, à praça do batalhão, ao cruzamento dos Quinchosos e na rua...ai, ai, ai... 
Viram-se jeitos do tecto da BUSA se esfolar nas sacadas e nas fachadas dos edifícios históricos da Rua Grande mas estreita, próximo dos cruzamentos com a Travessa da Palma e o Beco dos Besteiros...
Do Largo da Ferraria subiu ao Castelo, e voltando para trás junto ao gnómon capado, desceu a calçada de São José!
Quando se cogitava que fosse visitar os colaboradores dos Estaleiros, dos Serviços Municipalizados e da rota do Arquivo Histórico Eduardo Campos no Vale das Morenas...
...mudou de rumo... trepando a Rua 5 de Outubro e passando diante do Cinema São Pedro e da casa da presidenta onde os abusadores de todo se descobriram!  
Daí à Rotunda Familiar... passou-se um instante!
Explicou o maquinista que aos fins-de-semana o município dava um bónus até à Rotunda da Cavalaria, Parque Urbano de São Lourenço e Cemitério de Santa Catarina...
-C’um canudo!
O Fim da picada?!
Seria o final das crónicas maradas do Cidadão abt?
Afinal, nem tanto!
O suor nervoso que escorrera para a vista não deixou que se lesse nitidamente os escritos junto da estrela esquisita. 
Simplesmente o local onde deveria dar meia volta e volver!
Felizmente que regressou pelo mesmo caminho e indo direitinha à casa da Dona Amélia...
...subiu a Avenida 25 de Abril, depois foi à Rua de Angola, descendo pela Rua José Estevam... frente ao Palácio Filipino...
Repara-se...que na empena junto ao brasão de Tubucci encontram-se uns cabos mal enjorcados...
Poças, que a BUSA conseguiu passar à rasquinha... dobrando a esquina da rua D. Miguel de Almeida sem roçar no Hybrid Sinergy Drive dos tubucos nem derrubar os pinos!
Vendo bem a coisa, também não há necessidade da autarca deixar ali o Hybrid na medida em que basta chegar-se à rua e esticar um braço para se deslocar de caselas aos Paços e vice-versa!
Largo do Chafariz, regressando ao Mercado Municipal...
Temos o circuito fechado e um novo provérbio tubuco que consiste em:
“Enfiar a BUSA na rua da Betesga...”

-És miudinho e complicado, pá! Tens o mapa do percurso aí na Net!

 Observou cá a Companheira!

-Ora bolas!...
 Aliás, foi a única oportunidade que a Companheira teve para intervir na crónica caso contrário esta treta perderia o el...hããn...
Não fosse omitir as deslocalizações do Centro Histórico até ao Vale das Morenas e a fraca utilização de potenciais abusadores mesmo em dias de mercado semanal, a coisa sairia na perfeição... As pessoas de mobilidade reduzida evitariam calcorrear os nove quilómetros de ida e volta pelos seus próprios recursos se pretendessem aceder a determinadas valências dos Serviços Municipalizados!
O caro ciberleitor saberá explicar com que euros se pagará mais esta desmesura autárquica?  
...mas não te adiantes!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A TORRE DO TOMBO


A TORRE DO TOMBO

Quando a manta é curta, ao cobrirmos a cabeça destapam-se-nos os pés...
Na sequência das pesquisas a Santa Catarina e alertado por um seguidor dos disparates que aqui se vão escrevendo, este praça foi dar um giro até ao Vale das Morenas...
Era bom...era...
 ...em busca do Arquivo Municipal Eduardo Campos, não somente pelas primas razões mas para apreciar a exposição alusiva à temática do desporto automóvel em Abrantes...
Em complemento ao anúncio, partia-se do princípio que as acessibilidades a esse espaço fossem praticáveis pelo comum dos cidadãos, dispensando o recurso a uma viatura com estas características!
Tragando a larga Via industrial 1, constatou-se que em termos de sinalética não será fácil descobrirmos o almejado arquivo no final de contas, dista quatro mil e cem metros do nevrálgico centro histórico de Abrantes e consequentemente da Biblioteca António Botto...
-Népias, nicles e batatóides!
À semelhança do software necessário para descodificação de determinados suportes digitais, quem pretenda aceder ao espaço físico do Arquivo Municipal, necessitará usufruir de certos requisitos, nomeadamente de excelente autonomia e mobilidade... percebendo-se que o estudante, o investigador ou o turista não têm a tarefa das demandas, facilitada.
Qual não foi a incredibilidade cá do Cidadão abt quando se deparou com o sugestivo pavimento da via de acesso ao Arquivo Municipal...
Partindo do pressuposto que entre outros, ali se empilham documentos quinhentistas, entende-se que o primeiro objectivo do município abrantino seja integrar o visitante nas épocas d’antanho em que os romanos revestiam as vias com pedaços de pedra tosca e posteriormente os povos recorreriam ao seixo rolado e à terra batida... vulgo “caminhos de cabras,” encontrando-se nesta avenida alguns vestígios evolutivos relativamente aos tais trilhos medievais...
O alto-relêvo das caixas de esgotos domésticos e pluviais são a marca da casa!
Melhor do que isto?
Temos sim senhor, a Calçada dos Galhardos ou os Caminhos da Transumância!
Fronteiro aos estaleiros municipais onde se albergam as máquinas de terraplanagem e pavimentação, de facto é um extenso edifício, denunciando a sua traça arquitectónica pós moderna em dois volumes, um primeiro esticado na horizontal, entrecortado pelo segundo na vertical onde sobressai a portaria do alçado principal...
Correndo o risco de danificar os componentes mecânicos do meio de transporte que convém ser de suspensão elevada, o leitor depara-se com um extenso portão arredado da larga escadaria que ascende ao tal edifício da rota da Rede Nacional de Arquivos...
...À sua direita encontra-se uma rampa de acesso para pesquisadores de mobilidade reduzida, vulgo “rodinhas.”
A monumental edificação está compartimentada em espaços distintos... destacando-se o jardim interior circunscrito ao saguão feito galeria, um amplo espaço administrativo, um salão com doze cadeirinhas distribuídas por diversas mesas rectangulares onde poderemos consultar a documentação previamente solicitada, duas salas para descrição e digitalização de documentos, um compartimento reservado ao depósito e arquivamento de documentações ladeado por duas salas de restauro, tratamento e conservação da papelada, uma cafetaria e as imprescindíveis casas da força...
Jeitosa e funcional...
Outra chatice de sem jeito...
Exceptuando nos momentos do consultor abandonar as instalações...
A tal escadaria de acesso é constituída pela conjugação de lajes quadradas em alva cantaria, formando juntas entrecruzadas cuja luminosidade solar reflectida ofusca os transeuntes emergidos da penumbra, quando embrenhados nos raciocínios históricos... 
Na justa medida em que a visão humana carece de alguns segundos para se adaptar a diferentes luminosidades, a ampla escadaria detentora de cobertores (profundidade) ligeiramente declinados no sentido da marcha e com espelhos (altura) de oito discretos centímetros, estando os focinhos carentes das respectivas faixas antiderrapantes com a sinalização visual contemplada na legislação. O quadriculado monocromático induz ao transeunte a errónea percepção de estar a descer um suave declive... 
Apercebendo-se tardiamente que de facto se trata de esconsa escadaria desprovida de corrimãos, com o pavimento derrapante agravado pela humidade atmosférica.

...Considerando os valores da motricidade humana, o metro de vão do cobertor de cada um dos degraus em nada se coaduna à passada de um adulto de estatura mediana que equivalerá a aproximadamente 3/5 do metro, induzindo que à segunda escancha se assente o calcanhar dianteiro na extremidade do degrau, sobrando a palma do pé em falso, arriscando-se uma entorse, rotura de ligamentos ou mui provávelmente podendo o utente envolver-se em queda aparatosa com a cabeça posicionando-se a nível inferior ao tronco, só tardiamente se apercebendo da evocação alvitrada pelo projectista que desenhou quão esplêndido edifício municipal...
Torre do Tombo!
 Se dúvidas houver, analisemos o que nos dita o anexo ao Decreto-Lei nº163/2006, publicado a 8 de Agosto:
 Capítulo 1
Subsecção 1.3.1 – As escadarias na via pública devem satisfazer o especificado na secção 2.4 e as seguintes condições complementares:
1) Devem possuir patamares superior e inferior com uma faixa de aproximação constituída por um material de revestimento de textura diferente e cor contrastante com o restante piso;
2) Devem ser constituídas por degraus que cumpram uma das seguintes relações dimensionais:
3) Se vencerem desníveis superiores a 0,4 metros devem ter corrimãos de ambos os lados ou um duplo corrimão central, se a largura da escada for superior a 6 metros.
Subsecção 1.4.1 – 1) Os troços em rampa devem ter uma inclinação nominal não superior a 6% e um desenvolvimento medido entre o focinho de um degrau e a base do degrau seguinte, não inferior a 0,75 metros ou múltiplos inteiros deste valor;

Capítulo 2
Subsecção 2.4.3 – 5) Faixas antiderrapantes e de sinalização visual com uma largura não inferior a 0,04metros e encastradas junto ao focinho dos degraus.
Subsecção 2.4.8 – As escadas que vencerem desníveis superiores a 0,4 metros devem possuir corrimãos de ambos os lados.
Atendendo à placa alusiva...
...concluiremos que o estipulado no referido diploma se encontrava em pleno vigor à época da inauguração do Arquivo Municipal de Abrantes...
Tal como as cerejas que puxando por uma, vêm mais duas ou quatro à pendura, viajemos até às escadinhas pedonais que da Rua Nossa Senhora da Conceição acedem ao parque de estacionamento de São Domingos...
E o que por lá vamos encontrar?
Escadarias íngremes cujos degraus suportam cobertores de 25 centímetros de profundidade intercalados em espelhos com 14 centímetros de altura...
Verifiquemos o que estipulava o antecedente Decreto-lei 123/97 de 22 de Maio:
Anexo I
Capítulo I
Subsecção 2.2.3.3 – Os degraus devem ter o focinho boleado. A altura máxima do espelho é de 16 centímetros. O piso dos degraus deve proporcionar uma boa aderência.
Devido ao acentuado desnível entre patamares, consideremos a fórmula universal de proporção desenvolvida pelo Dr. Lehrmann do Kaiser Wilhelm Institut, em Dortmund...
2 espelhos + 1 cobertor = 63 centímetros
Apliquemos esta contita às dimensões recolhidas na escadaria:
(2x14) + 25 = 53 centímetros
São os tais 10 centímetros a menos no cobertor que fazem toda a diferença em usufruir a escadaria com um mínimo de segurança!
Basta reparar na posição lateral, amparando-se no corrimão e colocando ambos os pés, degrau após degrau, com que a maioria das pessoas de meia-idade ali se locomove.
Uma escadaria concebida para utentes ágeis!
De acordo com a fórmula de Lehrmann, para o espelho de 14 centímetros corresponderá um cobertor de 35 centímetros onde caberia não a palma, mas o pé por inteiro!
Analisando o estabelecido na tabela de relações...
...para espelhos de 15 centímetros corresponderão cobertores com um mínimo de 30 centímetros no sentido da marcha!
Aos ciberleitores que pretendam praticar exercício físico sugere-se que ascendam estas escadinhas em bicos de pés, descendo-as assentes nos calcanhares com intuito de exercitarem os glúteos, os iliopsoas, os rectofemurais e demais músculos das coxas, sendo desnecessário participarem nos concursos televisivos do Malato se quiserem ganhar um novo andar na reboleira...
... evitando deslocações à escada infinita escavada na vertente esquerda do Vale do Alcolobre, composta por 297 degraus...
...terminando no Moinho da Roca, cujos focinhos são meros troncos de madeira travados por estacaria que de acordo com as instintivas normas do bom senso popular, nos inspiram mais confiança!