.

.

Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os objectivos pretendidos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, padronizadas, politicamente correctas, adormecidas... ou espartilhadas por fórmulas e preconceitos. Embora parte dos seus artigos se possam "condimentar" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade de expressão" com libertinagem de expressão, considerando que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros"(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico, dinâmico, algo corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausado, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas incursões, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell). Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de interessantes sítios a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão abt com alguma dessas correntes... mas tão só a abertura e o consequente o enriquecimento resultantes da análise aos diferentes ideais e correntes de opinião, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais, válidos e úteis, dando especial primazia aos "nossos" blogues autóctones... Uma acutilância aqui, uma ironia ali, uma dica do além... Assim se vai construindo este blogue... Ligue o som e... Boas leituras.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

CORTA-FITAS


CORTA-FITAS


Esgrimindo uma tesoura mais pesada do que o tamagotchi, a presidente da Camara Municipal de Abrantes inaugurou as novas instalações de um stand de automóveis usados que se mudou de freguesia, dentro da mesma área administrativa...
Perante o espanto da massa critica, com pompa e circunstância de uma cena provinciana digna de parceria, a promiscua cerimónia de cortar a fita rosa do particular ocorreu no transato sábado 18 de Fevereiro, tendo a imprescindível cobertura radiofónica do órgão de comunicação social engrupido no regime que em diretos e outros horários nobres insistiu em remeter para as ondas hertzianas diversos spots orientados à temática, onde a presidente do Céu teve oportunidade de exercer a sua retórica, tecendo amplos elogios ao comerciante que em tempo de vacas magras consegue pôr bezerros a produzir leitinho gordo e o padre cura, dando largas ao turibulo, espalhou água benta por tudo quanto era BMW, Audi e Mercedes Benz, safando-se o Maseratti que acelera menos do que um mini!
Decerto que os argumentistas foram buscar esta ideia genial à campanha publicitária do eu conto com o incontinente  orientada a consumidores impulsivos, encantando-os do seguinte modo:
“Eu não contava fazer esta ginástica orçamental e com tantas despesas isto era inevitável... A prestação da casa, a escola das miúdas, encher o saco das compras, renovar o guarda-roupa, rechear a despensa, pagar as viagens e tudo o resto... Felizmente conto com o incontinente. Para começar bem o ano pode contar com o incontinente. Conte com porco no espeto, semanas de férias no Algarve e grandes marcas a 50% de desconto! Cá eu, conto com o incontinente!”
Para o ramalhete ser perfeitinho faltou descerrar a bandeira amarela do município cobrindo uma lápide que aludisse à solenidade...
A partir desse momento ficou aberta a possibilidade de todo e qualquer munícipe que pretenda dar início a uma atividade comercial ou queira  transferir o seu ramo de negócio dentro da área geográfica de Abrantes possa contar com a presença da representante máxima da Câmara no sentido de lhe retalhar a primeira fração derivada do bicho-da-seda. Cá ao Cidadão abt perfilou-se a idéia de abrir um equipamento hoteleiro ali para as bandas de Água das Casas... o virócópvs  yéssyá -sociedade anónima, mais propriamente um tasco, sentindo-se este praça no direito de que a presidente da autarquia lhe venha cortar a fitinha grená que circundará todo o perímetro do balcão vinhateiro...
Em troca de tal obséquio, a senhora do Ceu poderá entornar uma taça de lambrusco bem fresquinho, degustando o aromático chouriço assado na brasa servido com umas côdeas de pão de milho, que será especialidade da casa, não esquecendo a presença do senhor cónego da graça que envolto na sua estola, salpicará de benzedura tudo quanto é taça, caneco, jarro, loiça, grelhador, mesa, toalha... duas pipas de doze almudes d'ele, em carvalho francês... e demais artefactos adequados a tal estabelecimento, podendo a senhora do Céu apanhar um respinguinho.
Porco não haverá porque o local será restrito de espaçamento e cá o Cidadão abt não se encontra nas melhores condições físicas nem tem pachorra para andar a correr atrás do suíno, deitar-lhe as gadanhas, cravar-lhe o facalhão, pendurá-lo, sangrá-lo, esgalhá-lo, esventrá-lo, espetá-lo... e mais a mais, a festanga estará aberta a gentes de todos os credos!
Em compensação, nesse dia para os visitantes arranjar-se-à música sempre a bombar, tapas, pataniscas de bacalhau, jaquinzinhos, lagostins do Zêzere, moelas, caracóis, caracoletas, iscas com elas e um fontanário de cerveja à discrição sem aquela placa manhosa a anunciar que o produto está impróprio para consumo humano por falta de análise microbiológica da nascente...
Com bastante mágoa entre os presentes será sorteada uma infernal Famel Z2, máquina monocilíndrica montada em Melres, equipada com motor alemão Zundapp a dois tempos e outros tantos cavalos de potência refrigerados a ar... 
...e considerando a excelente cobertura radiofónica que ressoará em todos os cantantes deste concelho, para que se libertem da antena, será generosamente adiantada uma amarelinha para cada radialista e dez semanas de férias na Ribeira de Codes oferendadas ao grande chefe Jerónimo.
Vá lá, para a Joaninha não ficar a seco, também se lhe arranja um batido de morango.
Dentro desta semana inaugurativa que atravessámos também se iniciaram as actividades lectivas em tês novos centros escolares edificados noutras tantas freguesias do concelho de Abrantes.
As criancinhas por lá jogam às escondidas entre calceteiros, pintores, ladrilhadores, canalizadores e técnicos de telecomunicações embrenhados nos acabamentos, indo uma nota positiva para a adjudicação das empreitadas a algumas empresas sediadas no Concelho de Abrantes, que são o sustento de bastantes munícipes!
-Em qual destes espaços se deverá ter feito anunciar a representante máxima da autarquia para atempadamente cerimoniar o corta-fitas?
-????
-Enganastes-vos redondamente, caros ciberleitores...
Compreendei... Estamos a meio de um mandato e o governo Sócrates já era!
-Não entendestes? Cá vai mais uma dica...
O stand do particular oferecia um automóvel e dez semanas de férias no Algarve...
-Ainda não chegastes lá? E assim?
Devido à desertificação das freguesias rurais, na abertura dos novos Centros Escolares só compareceram as irrequietas criancinhas, alguns pais e outros tantos avós com cara de noites mal passadas...
-Tá difícil de perceberdes, hein? Vá lá! Mais uma luzinha...
À inauguração da festança do stand apresentou-se a elite de munícipes económica e socialmente confortáveis, traduzindo-se numa excelente parceria de protagonismo.
-Não vos cheira ao churrasco? Bah! Frustração! Cá o Cidadão desiste!
As infraestruturas dos organismos públicos podem esperar por melhores núpcias...
Com os três já desflorados, a primeira fitinha a desatar será do Centro Escolar do Tramagal, no dia 25 de Abril...
O Centro Escolar da Bemposta terá a sua liga desmanchada a 17 de Maio...
1 de Junho o Centro Escolar de Alferrarede verá a senhora do Céu tesourar-lhe os cetins!
Um tanto ou quanto inibido na sua desfloração, depois de avançar com as aulas a 29 de Fevereiro, a comunidade letiva do Centro Escolar de Rio de Moinhos levará uma talhadela na sua guitinha a 10 de Junho...
Venha Kushikatsu  com fartura!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CONSTRANGEDOR


CONSTRANGEDOR


Sete são as cores do Arco-Iris, sete são os dias da semana, sete são as virgens de Alá, sete são os pecados mortais, sete são as saias da mulher da Nazaré, sete são os olhos de Belzebu, sete colinas tem Lisboa e sete foram os selos de Judá.
Pelo menos durante esta quadra carnavalesca, os abrantinos e demais visitantes poderão estacionar as suas viaturas sem constrangimento e à borliú em todo o centro histórico da cidade de Abrantes!
É que no transato dia 16 de fevereiro a ASAE fez uma visita turística ao centro histórico procedendo ao encerramento dos sete parquímetros espalhados pela urbe que careciam da respetiva vistoria técnica desde finais de Dezembro de 2011, acabando por não testarem a autenticidade do Hufu e restante espólio arqueológico do Museu Ibérico.
Recém regressada da geminada Hitoyoshi, presidente da câmara lamentou-se que se trata de uma situação constrangedora para a autarquia, refutando responsabilidades na matéria e remetendo-as para a empresa a quem compete efetuar a manutenção dos papa-euros direcionados aos cidadãos que arribam ao morro para na sede da autarquia tratarem de assuntos administrativos relacionados com as suas vidinhas!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O TRANGLOMANGO


O TRANGLOMANGO

Sendo um exímio escrevinhador de disparates, cá o Cidadão abt aproveita esta deixa para digitar mais uma crónica meio marada, desta feita, baseada em puras conjeturas e meras suposições, cuja semelhança com a realidade não passará da mais elementar coincidência.
Vamos supor por exemplo que existia um Centro Hospitalar com área de influência em determinada região, composto por três edifícios equidistantes em cerca de trinta e quatro quilómetros, estando um localizado em Torres Novas, o segundo em Tomar e o terceiro em Abrantes, cujos colaboradores, desde o sector administrativo, pessoal auxiliar e equipas médicas e de enfermagem seriam excelentes profissionais, extremamente prestáveis e inexcedíveis no trato para os tais que só se lembrariam de Santa Bárbara quando trovejasse e nos momentos aflitivos estariam mais impacientes do que pacientes com a tempestade no canal...
Palpitemos agora que cada uma destas três unidades hospitalares se encontraria limitada à prestação de determinadas valências...
Ou seja, aquilo que se trataria numa, não se retrataria nas restantes...
Suponhamos por exemplo que entretanto dava um tranglomango a qualquer cidadão, ali à Alameda Um de Março da cidade de Tomar, precisamente a quatrocentos metros do quartel dos bombeiros e a dois mil metros do hospital local...
 Vamos imaginar que para sua salvação, um dos transeuntes solicitaria os imprescindíveis serviços de emergência médica...
-Aqui funcionam as articulações...
A chamada de emergência para 112 seria atendida na Central de Emergência da Policia de Segurança Pública que caso assim o justificasse, a reencaminharia para o CODU que consistiria num Centro de Orientação de Doentes Urgentes, sob a tutela do INEM que seria o Instituto Nacional de Emergência Médica, sito em Lisboa, onde o senhor doutor do call-center injetaria uma triagem de questões ao interlocutor, tomando quatro vertentes por suporte, nomeadamente a situação clínica da vítima a fim de se efetuar a seleção dos equipamentos e meios a enviar, a proximidade e quais as acessibilidades ao local da ocorrência... 
Interrogatório para um lapso de tempo de três a cinco minutos de conversações, isto na melhor das hipóteses...
Conjeturemos por exemplo que devido a complicações cardiovasculares, o desafortunado utente necessitaria de assistência médica imediata...
Alvitremos que para estas situações, o CODU-Centro de Orientação de Doentes Urgentes, entraria de imediato em contacto com a única base da região, onde se encontrariam estacionadas as equipas médicas da VMER-Viatura Médica de Emergência e Reanimação que se poderia localizar por exemplo a cerca de trinta e cinco quilómetros do local da ocorrência, nomeadamente nas portas do cavalo do Hospital de Abrantes...
 Por sua vez, depois do lapso de tempo necessário para a tripulação se recompor, desperdiçaria uns escassos vinte minutos a transpor o Vale do Zêzere, voando baixinho e em duas rodas, isto é, se entretanto a viatura não encontrasse empatas móveis ou imóveis e não se espatifasse pelo caminho o que resultaria na dilatação do tempo previsto...
Alvitremos que entretanto o aziado freguês necessitaria ser transportado de urgência...
Por exemplo para o Hospital de Torres Novas sito a vinte e cinco quilómetros e a quinze minutos do local, onde lhe seriam prestadas as valências necessárias à convalescença...
Nesta situação, entretanto o CODU-Centro de Orientação de Doentes Urgentes também haveria solicitado à instituição mais próxima a cedência de uma unidade móvel “tipos” Automaca com Suporte Básico de Vida...
Imaginemos que devido aos cortes financeiros implementados pelo impiedoso Governo da República, essa instituição estivesse a tenir em indisponibilidade de meios logísticos e a viatura operacional indicada para esse fim se encontrasse a efetuar outro serviço...
-Prontos! Está bem! Não vamos ser tão pessimistas...
 Se relativamente à ocorrência, pelas ruas Carlos Campeão e Amorim Rosa, o Quartel dos Bombeiros Municipais distasse trezentos e setenta metros, a tripulação desperdiçaria um pequeno lapso de dezoito minutos de tempo, desde a escorregadela no varão até o alcance da vítima, distancia que dois escuteiros a penantes, de bornais a tiracolo, maca de lona nas unhas e articulações desenferrujadas, levariam cerca de quatro minutos a vencer...
-Nada mau...
Para o efeito, de nada lhe valeria uma Viatura de Suporte Básico de Vida sem a presença da tripulação da VMER-Viatura Médica de Emergência e Reanimação...
Apenas serviria para praticar o“rendez-vous” que consistiria no transporte da vítima após uma estabilização primária, indo ao encontro da equipe médica que entretanto teria progredido meio caminho...
Imaginemos que em tão curto lapso de tempo, o freguês se aguentaria à bronca sem transpor os portões de São Pedro...
Nesta hipótese seria emalado na Viatura com Suporte Básico de Vida que, perseguida pela VMER-Viatura Médica de Emergência e Reanimação, avançaria direito ao Hospital de Torres Novas onde encontraria a valência adequada à sua situação clínica...
Portanto, para este caso hipotético teríamos um tempo de espera de cerca de vinte e três minutos desde a participação da ocorrência até à chegada da primeira viatura de socorro, trinta e cinco minutos a aguardar pela equipa médica que gastaria mais dez minutos com o diagnóstico, estabilização e preparos para a viagem, em suma, seriam contabilizados uns escassos oitenta minutos, (uma hora e vinte minutos) desde a participação do trangalomango até o protagonista dar entrada na valência correspondente às suas necessidades...
Se entrementes o impaciente não registasse estabilização, seria requisitado o Agusta que mais chegadinho aos domínios celestiais o recambiaria para um Hospital Central de Lisboa, Porto ou Coimbra.
Calculemos que o incidente sucedia numa aldeola recôndita da área de influência do Centro Hospitalar do Médio Tejo...
Na freguesia da Serra, do Concelho de Tomar...
Vamos escolher um hipotético local próximo das águas do Zêzere...
O tranglomango dar-se-ia por exemplo na povoação de Vila Nova, com o Souto de Abrantes testemunhando os factos na outra margem da albufeira do Castelo de Bode...
Só para termos uma idéia do tempo que gastaria e da distância percorrida pela VMER-Viatura Médica de Emergência e Reanimação que disparasse em voo rasante desde o Hospital de Abrantes...
Evitando dar o grande giro pela A23 via nó da Atalaia que seria andar para trás e perder tempo, a viagem resultaria nuns escassos trinta e cinco minutos investidos a percorrer os cinquenta e três quilómetros, trinta e cinco destes descevendo contracurvas, somados ao tempo desperdiçado com os preparos, telecomunicações e afins.
Poderíamos arriscar que estes timings seriam advindos de teóricas conjeturas na medida que em termos práticos, se estenderiam em aproximadamente trinta pontos percentuais caso o trânsito regional optasse por evitar as portagens e ao intensificar-se nas vias nacionais e municipais, mostrasse dificuldade em se arrumar... 
Registo fotográfico da ocorrência a 16/2/2012 pelas 11h50m no cruzamento de Vale de Rãs, cerca de trinta e seis horas após a publicação deste post.
Situação agravada se, afim de satisfazerem as exigências de contenção económica, as hipotéticas reestruturações administrativas do Estado e afins, mobilizassem os habitantes dos distintos centros urbanos a deslocarem-se diariamente para fora da sua zona geográfica de conforto...
Poderia esta articulação de meios prever a disponibilização de uma LMER-Lancha Médica de Emergência e Reanimação...
Calculemos que o tranglomango acontecia no Espite, uma aldeola do concelho de Ourém e já eram cento e sessenta quilómetros bem batidos ou por exemplo o tranglomango se desse em Dornes, um idílico cantinho do concelho de Ferreira do Zêzere, metiam-se aproximadamente uns módicos cento e cinquenta quilómetros na viatura até a bendita regressar à base...
-Contas simples...
Para a VMER-Viatura Médica de Emergência e Reanimação, seria questão para elevar as estimativas de tempos e distâncias para o dobro...
Suponhamos que toda esta articulação se deveria a uma racionalização de meios devido a uma gestão tecnocrata e economicista, que resultaria em riscos acrescidos para os utentes do Médio Tejo.
-Na verdade isto nunca aconteceria pois não passa de meras conjeturas sem fundamento de alguém com imaginação fértil que resolveu fazer um ensaio literário na blogosfera, porque todos nós estamos cientes que a realidade efectivamente é bem diferente e que sob a tutela do Ministério da Saúde, o Centro Hospitalar do Médio Tejo tem colocado as pessoas da sua área de influência em primeiro lugar.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O RPP SOLOU!


O RPP SOLOU!


Naqueles tempos em que a máquina poedeira do casino europeu despejava jackpots de €uros, havia um Barão Vermelho que se dedicava aos romances comunitários dos milhões!
De galanteio em galanteio, puxando pela alavanca da maquineta, aquele cowboy fotovoltaico ia jogando nos condados dali e daqui...
Foram fnac’s descartáveis e retail’s de usar e deitar fora...
Era o tempo dos negócios encantados de, por meia pataca adquirir os bens das reinações para depois serem vendeidos por mil milhões...
Rasando os moliceiros em que a maquineta das patacas lhe despejou mais uma catréfada de €uros moles e os pinhais da Leirena de onde se collippsou dos plebeus aturdulados, num truz foi escalar o aeródromo ribeirinho da altaneira Scalábis...
... indo este sessentão atrevidote aterrizar em sítio interiorizado, aí achando um incauto candidato a Diretor de Formação e Projetos Especiais que imediatamente lhe demonstrou as suas mais-maravalhias desatando a comprar terras por um milhão e duzentos e quarenta mil euros de erários públicos, para posteriormente as vender por módicos cem mil euros àquele encandeante cowboy fotovoltaico de pegachas raízes... sem antes ter novamente acionado a alavanca da poedeira comunitária que lhes despejou outro fantástico jackpot de cento e vinte e oito milhões de €uros...
Na altura a plebe mais esclarecida de Tubucci exclamara:
 “-Lá vai, Barão”
Sonhando com altos voos, o Barão Vermelho e El-Commandante formariam a equipe perfeita, não fosse o facto do segundo se ter esquecido que era o presidente demissionário da reinação tubuca, um ignóbil ignorante da legislação sobre incompatibilidade de funções...

-Há cenas do camandro!

Devido aos imensos afazeres, ao fim de dezasseis anos distribuídos por quatro reinados, El-Commandante ainda desconhecia determinadas alíneas da legislação contemplativa do seu foro administrativo!
Algo sisudo, foi-se El-Commandante e veio Matri-Harka, tomar conta da poltrona tubuca!
Por seu turno, o irresistível charme do cowboy solar rápidamente encantou as moçoilas da distrital reinação...
Qual casal curtindo uma eletrizante homénage à trois, o maroto do Barão convidou as voltaicas musas a com ele darem uma escapadinha à tal quinta onde teve oportunidade de lhes transmitir uma parga de energias positivas.
Ora reparem só na grua!
Acompanhadas pelo Barão ficaram excelentes na foto, mas devido ao tempo que estiveram expostas à torreira, estas vulneráveis damas passaram a sofrer de insolações...
A maldita contrapartida de El-Commandante somada a umas desconfianças vindas dos canais da ria de Aveiro emperraram toda a engrenagem pró reprodutiva da poedeira que, deixando de papar a casquinha moída da ostra, também a postura dos ditos passou a fazer-se mais chocha e mole como nunca antes sucedera...
-Ficou tudo ostracizado!
diacho de uns quantos jornalistas e outros tantos blogueiros sujeitos às ditaduras da ACTA, que a bem da estabilidade da nação e das ralações angolanas se arriscam a serem apagados do espectro cibernético, indo-se às ostras, de certo modo contribuíram para a descalcificação da poedeira!
Com o declínio socrático, os dias passaram rápidos, preenchidos por inusitadas inaugurações e uma parga de protocolos virtuais orientados à areação dos tachos consonantes aos administrativos desempenhos, e vendo que se quedava o €uro pelo cú da galinha, o Barão solou, que é como quem diz, deu à sola, volatilizou-se para parte incerta, deixando em sofreguidão uma das musas outrora encantadas, acabando a poedeira por se deixar cozer numa tachada de canja de galinha com massinhas de letras depois de ter sido estraçalhada pelo rato Basílio que rondara as hortas das cercanias!
Muito tempo decorrido reza a lenda que ainda nos dias de hoje, pelas esquinas do condado tubuco se ouve o carpir da crente Matri-Harka sustentando o moratórico sonho de que um dia aquele maravilhoso e cortês barão escarlate, qual gêárre da série dá-las, coberto com seu alvo chapéu de aba larga, de pêito feito e pés encaixados numas texanas, regressará em triunfante forma, esporando o lajedo duma enorme fábrica de painéis fotovoltaicos com cento e vinte recetáculos para absorverem toda a cagança, onde parelhas de metrosexuais vigiando as amplas portarias protegerão os trezentos másculos engenheiros e outros mil e quinhentos selecionados homofóbicos de bata branca que reproduzirão as células necessárias para iluminar todo o mundo e arredores, contribuindo com clisteres de sinergias para a alavancagem deste feudo tubuco que há muito almeja ser capital da coisa eléctrica...
  ...evitando assim que nas tramagas se incremente um meridiano especifico para determinado fuso horário...

-O meridiano do Ribêro Sêco...

Note-se que nas últimas semanas, ao cair da noite tem acontecido uma cena do Catroga ali pelas bandas do paralelo 8º 14' 54,32’’ W... com epicentro na latitude 39º 27’ 0,37’’ N...
Na zona mais concorrida da vila, em toda a Rua do Ribeiro Seco e até na Rua Engenheiro Manuel, a iluminação pública anunciou-se bastante mais tarde do que na restante vila convívio, fazendo com que os tramagalenses se vissem gregos ao transporem tanta negritude, tendo que recorrer a dispositivos de visão noturna, tais como binóculos de infravermelhos... 
...lanternas de bolso e outros artefactos iluminantes, tipos lamparinas a azeite, isqueiros, very-light’s ou à pirisca do cigarro para que ao se embrenharem nos plátanos, enxergassem dois palmos à frente do nariz... 
Assim não haveria mariposa que por'li esvoaçasse!
Embora aparentemente este flagelo esteja finalmente regulado, supõe-se que o temporizador instalado na despectiva cabine de transformação seja do chinês... ou que as obras da escola renovada se sobrepusessem à segurança dos munícipes...
Quem sabe...
Talvez tal anomalia se enquadrasse na política economicista similar à incrementada na Av. D Nuno Álvares Pereira do Campo Militar de Santa Margarida e noutras vilas deste imenso Portugal para que o senhor Administrador da Eletricidade de Portugal possa garantir os 45.643 €uros mensais de part-times, incluindo subsídios de férias e de Natal, acrescentados à mísera pensão dos 9.693 €uros mensais totalizando uns singelos 55.336 €uros mensais... 
Pentelhices sem a mínima importância para o povão...
Será que este macaense de gema em breve nos reduzirá o preço do quilowatt?