.

.

Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os objectivos pretendidos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, padronizadas, politicamente correctas, adormecidas... ou espartilhadas por fórmulas e preconceitos. Embora parte dos seus artigos se possam "condimentar" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade de expressão" com libertinagem de expressão, considerando que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros"(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico, dinâmico, algo corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausado, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas incursões, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell). Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de interessantes sítios a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão abt com alguma dessas correntes... mas tão só a abertura e o consequente o enriquecimento resultantes da análise aos diferentes ideais e correntes de opinião, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais, válidos e úteis, dando especial primazia aos "nossos" blogues autóctones... Uma acutilância aqui, uma ironia ali, uma dica do além... Assim se vai construindo este blogue... Ligue o som e... Boas leituras.

sábado, 22 de setembro de 2012

A ESPIRAL


A ESPIRAL



Deram-me uma burra que era mansa e que era brava, toda bem-parecida, mas a burra não andava nem prá frente nem pra trás. Muito lhe ralhava mas não era capaz de fazer a burra andar. Passava do meio-dia e eu a desesperar... Falhei-lhe no burrico e a burra até correu...
Não será pelo acaso nem devido aos conflitos internacionais que o preço dos combustíveis tem vindo a descer nestas duas últimas semanas marcadas pela agitação social.
As mega manifestações de cidadania que aconteceram a 15 de Setembro com epicentro na delegação do Fundo Monetário Internacional, no Palácio de São Bento e réplicas em todo o país, representam o despertar do estertor a que os portugueses têm sido induzidos, reagindo adversamente às políticas laboratoriais empreendidas pela actual cátedra de teóricos, não parecendo porém que os meninos de coro tenham tomado o sério da agitação social.
Esta coligação mais troikista que a sugadora troika teve o mérito de conseguir mobilizar o povo em uníssono, cidadãos que sentindo na carteira e na pele a asfixia internacional explorada pela usura das instituições bancárias... 
...se deixaram de futebóis, telenovelas e devoções e no intervalo de dois anos regressaram às ruas em manifestações de âmbito nacional sem precedentes, ao ponto do General Luís Araújo, na qualidade de Chefe do Estado-Maior vir a terreiro anunciar que as Forças Armadas estão serenas mas atentas ao desenrolar dos desígnios de Portugal, considerando que os homens e as mulheres que servem as fileiras são seres humanos... 
...que têm sentimentos, têm família, têm alma, enfim, têm necessidades, carências, angústias e expectativas comuns às do povo... mas não submissos.
Neste contexto incluem-se as forças de segurança pública presentes nos locais das contestações em cumprimento da sua missão, são conscientes que as acções de cidadania também dizem respeito às suas expectativas de futuro, sendo a fronteira do mútuo respeito que pautua as forças em presença e não pelo receio de hipotética carga policial que seria impotente perante o avanço dos milhares de manifestantes presentes, ou vice-versa, se transformaria numa enorme batalha campal sem vencedores nem vencidos, cabendo a responsabilidade dessa desgraça aos ministros obstinados das idéias.
Antes que surja um Governo de Salvação Nacional  já a actual coligação governamental se antecipou ao criar o Conselho de Coordenação da Coligação, organismo destinado a gerir divergências internas com o intuito de evitar o seu desmembramento, confirmando que a quebra de confiança se instalou e a fragilidade é uma constante do Governo determinadamente isolado dos portugueses que insiste na cruzada da privatização e venda das empresas públicas aos amigos dos seus amigos e aos filhos e sobrinhos dos amigos dos outros, sendo o mesmo que vender Portugal aos retalhos, sugerindo-se desde já que os senhores ministros façam venda dos palácios de Belém e de São Bento com as centenas de funcionários, o activo e o passivo incluídos!... 
Enquanto as populações protestam por bastas razões, rejeitando as decisões submissas às oligarquias internacionais, os ditos senhores de quem se fala, tentam cingir a razão dos protestos à insustentabilidade e consequente rejeição da TSU leia-se “Taxa Social Única” (e não as siglas de uma associação desportiva), gota que fez transbordar o copo da pachorra popular.
Assim se esvaiu uma semana sem solução ao fundo do túnel, levando a que por intermédio das redes sociais se convocasse nova manifestação de protesto junto ao Palácio de Belém durante o Conselho de Estado do dia 21 de Setembro, convocado pelo Senhor de Boliqueime que irá a todo o custo escrevinhar o prefácio menos incisivo da sua vida, na próxima obra literária que decerto se designará “Roteiros VII”. 
Desconhecendo se de epidural ou de cesariana, porque de parto normal seria bastante doloroso por dificuldade na dilatação, ao fim de oito extraordinárias horas com um catedrático teórico e o proprietário de uma fundação a desistirem ao primeiro round, lá pariu a criança, concluindo-se que não sendo fêmea como o dinheiro de certos administradores, gestores e banqueiros, havia de se lhe trocar o enxoval e mudar o nome até então previsto!
Deixava de se lhe baptizar TSU e punha-se-lhe... por exemplo... IRS... muito mais IRS e menos décimo terceiro mês! 
 -Que acham?!   Fica bem?! 
Meses antes dos protestos em crescendo, houve quem estranhasse o longo silêncio de Belém, alvitrando-se a hipótese do inquilino ter emigrado para Angola ou perecido na sequela de mais um idoso abandonado por ausência de apoio domiciliário dos míseros organismos públicos sob tutela da Segurança Social mas o fedor de lá provindo dever-se-ia certamente a razões de ordem ética.
Castigando as populações sobrecarregadas de impostos, de precariedade, de crescente número de casais desempregados, de funcionários públicos e de professores excedentários que se vão acotovelando nas mesas dos cafés, enquanto se encerrarem escolas substituídas por novos Centros Escolares deslocalizados, enquanto se fecham hospitais deixando as regiões desprovidas de assistência e valências médicas e enquanto se brindam os jovens estudantes com menor carga horária, sobrando-lhes tempo para evasões, nunca qualquer Governo algum dia se convença que terá o aval do seu povo.
Governo que insista em injectar administradores e directores nos obesos organismos públicos sem qualquer utilidade como o são as 16 entidades reguladoras que nada regulam, grande parte das 800 fundações intituladas de utilidade pública em que umas mais do que outras vão auferindo dos 800 milhões de euros anuais de subsídiodependências, colhendo os seus gestores isenções e benesses fiscais que vão sugando as finanças portuguesas, os 148 observatórios que apenas servem para fazer número e estatísticas, as parecerias público-privadas onde administradores auferem chorudos vencimentos acumulados a outras tantas reformas pagas pelos contribuintes, as centenas de comissões e associações de todos os géneros, propósitos e feitios que subsidiadas, não se lhes vislumbram benefícios em favor das comunidades locais...
...o pagamento de milhões de euros em subvenções públicas para os partidos políticos estourarem em campanhas eleitorais e enquanto um qualquer primeiro-ministro tiver 31 viaturas topo de gama ao dispor, num universo de 208 carros à ordem do Governo, tudo  sustentado pelo erário público, contrastando com o regatear dos escassos 5 helicópteros disponibilizados pelo INEM ao serviço dos dez milhões, setecentos e seis mil, novecentos e treze portugueses residentes no país, e enquanto um qualquer Governo fôr submisso a meia dúzia de senhores, neste país onde cada vez são mais os que têm menos e cada vez menos os que possuem mais, poderá tirar o cavalinho da chuva porque jamais merecerá o crédito da população.
Pecando por tardia, a eliminação concreta, massiva e substancial nas gorduras do Estado, será uma das medidas bem aceites pelos milhões de portugueses contestatários, via eficaz para a rápida redução do déficite público e resignação social.
Com estas práticas jamais nos libertaremos das ditaduras capitalistas que nos são impostas, levando ao descrédito nas políticas incrementadas por uns senhores que à custa de esmiuçar os salários dos poucos que ainda trabalham e mitigar reformas de quem descontou durante décadas, pretendem livrar o país da usura europeia em que se entalou, iludido pela publicidade enganosa do financiamento a “fundo perdido”. 
Hoje os que ainda têm algum poder de compra restringem-se ao consumo do essencial, reflectindo-se na inflexão das transacções comerciais, no consequente decréscimo do valor arrecadado em impostos e na quebra das receitas fiscais do Estado Português, em suma, numa avassaladora contracção económica que contraria as pretensões dos teóricos que se propoêm governar os nossos destinos, mesmo que sejam d'além fronteiras.
Não mudando o rumo da austeridade exigida, qual patologia de cariz epidémico onde clínicos insistem em receitar terapias erradas ao paciente, as manifestações por ora pacificas e contidas darão lugar ao desespero, à radicalização dos protestos, à espiral das contestações, a tumultos massivos e explosão social com elevado grau de violência que há a prevenir antes que a tragédia aconteça.

domingo, 9 de setembro de 2012

O OVO DE OURO*



O OVO DE OURO*

   Certo casal de portugueses foi ao mercado europeu comprar uma galinha poedeira de raça.
Aparentemente um galináceo igual a tantas outras galinhas de banal raça porque era dotada de bico, penas, pés tendo aquele jeito meio bobalhão de andar à cata de minhocas.
  Pela matina seguinte quando a mulher foi ao galinheiro recolher os ovos, apanhou um grande susto, assim se dando inicio a esta fabulástica estória que vos envolverá até ao final das vossas vidas, caso não migrardes para parte incerta!
No ninheiro a sortuda camponesa encontrara um ovo como até então nunca houvera visto! 
Um fantástico ovo... em ouro! 
Não havia ali qualquer parentesco com o galo de Barcelos!
Poderia ter achado uma apetitosa cenoura de Nantes para encher o ôlho ou uma couve de Bruxelas para encher as algibeiras... mas não! 
Tinha que ser exactamente... um ovo de ouro!
A mulher pegou no ovo com a mão direita, cheirou-o, lambeu-o, examinou-o detalhadamente... não lhe restando quaisquer dúvidas... aquele ovo era mesmo de ouro puro!
Cobrindo-o com um pano velho para que a vizinhança não o topasse, saiu correndo da capoeira, indo contar a boa nova ao marido que dormia tão sossegado...

 
- Acorda! Olha o que eu encontrei no ninheiro da galinha que comprámos ontem no mercado europeu!!!.

Estremunhado, o homem olhou o ovo dourado, pegando-o, medindo-o, lambendo-o, pesando-o e por fim soltando um grito que se ouviu a sete léguas de distância, exclamou para a mulher:
"dois likes para o povo"

- Mulher, esse ovo é de ouro puro! Estamos ricos!

Perante a evidência do facto, a mulher foi alvitrando:

- Estás a ver como foi bom irmos às compras ao mercado europeu? Com um único ovo posto por esta galinha ficámos imediatamente ricos! Imagina como ficaremos com o resto dos ovos que esta poedeira traz na barriga. Vamos esventrá-la para lhe retiramos os restantes ovos e as moelas e com o dinheiro da venda do ouro compraremos um palácio, um automóvel topo de gama, sairemos à noite e passaremos as próximas férias viajando pelo mundo fora!

-Tem calma mulher. Primeiro vamos aguardar que a nossa galinha ponha mais ovos!

Assim foi. Para além deste, de cinco em cinco anos a galinha pôs mais outros dois ovos de ouro e entrementes o casal, cego de ambição, não desperdiçou meças no tempo! 
Como aquilo estava a dar e esperançados com os ovos no cú da galinha, os camponeses mandaram construir um palácio, compraram dois bólides topo de gama ostentando o simbolo da forquilha... 
...saíram à noite para festas de arromba, alistaram-se em  todos os concertos de verão que havia na época e, por terra, mar e ar, calcorrearam terras da cochichina, partindo à descoberta de ociosos mundos!
E à velha galinha que jamais voltou a pôr outro ovo... foi-lhe destinado o dia do juízo final em que na esperança de lhe extrair as moelas e mais ovos de ouro, o homem correu até à cozinha, munindo-se dum luminescente facalhão com que sofregamente decapitou, decepou, estraçalhou e esventrou a desgraçada poedeira...
Aberto o corpo da bichana, foi enorme a decepção, pois dentro da galinha o casal só encontrou caca e tudo o demais que é normal acharmos dentro de qualquer raça de galinha.

Tripas, coração, moelas, fígado, rins e muito, mesmo muito sangue que sobrou para uma óptima cabidela...
 O terceiro ovo de ouro que ainda guardavam e era tão oco e estéril quanto os seus dois irmãos, vencidos cinco anos tiveram que o entregar à Troika, uma loja internacional de penhores, acabando os camponeses por ficar mais pobres que dantes, deixando de terem poder de compra e trocando acusações, passaram o resto da vida fazendo ginásticas financeiras na tentativa de liquidar as dívidas e os juros da miragem europeia...
- Ó mulher! Se ficámos mais pobres foi por tua causa.

- Não, a culpa é tua, hóme da minh'alma, que não tiveste paciência.

- Minha?! Não! A culpa é toda tua porque foste ambiciosa!!!
*Versão troikista da fábula de Esopo.

sábado, 1 de setembro de 2012

BIOLOGIA NO VERÃO





BIOLOGIA NO VERÃO


  Da ribeira dos Vales para o rio Torto e deste para o Àquapólis...
Inserido no programa da Ciência Viva no Verão, a Câmara Municipal de Abrantes este ano mandou por duas vezes os seus munícipes à ETAR, ou melhor escrevendo, promoveu duas visitas de estudo ao tratamento da trampa que produzimos!
Uma destas visitas aconteceu em 21 de Julho à ETAR da Cabeça Gorda e outra, em 27 de Julho, à ETAR da Fonte Quente de Alferrarede!
Como o homem é um animal de hábitos e agarrado pelo vício das etares, vai daí, munido de armas e bagagens, este intrépido meteu-se ao caminho, indo visitar a ETAR dos Barros, em São Facundo!
Tanto longitudinal como transversalmente, as ruas encontravam-se remendadas na capital dos gafanhotos!
Se entretanto aquilo não levar um tapete betuminoso em condições, aos primeiros aguaceiros abaterá cerca de 10% na compactação do pavimento, tão sómente porque os habitantes foram “obrigados” a desfazer-se das fossas sépticas, dispendendo 242 €uros do seu bolso para a ligação das águas residuais à rede adutora “privada” de esgotos que encaminha a porcaria para o nóvel Sistema de Saneamento de São Facundo!
Dentro deste âmbito cá o Cidadão resolveu inserir algumas caixas de mensagens constantes das facturas da água dos Serviços Municipalizados de Abrantes no sentido de educarem os seus fregueses na prática de uma  politica ambiental eficaz...
Evidentemente que tais medidas não são aceites de ânimo leve porquanto o dinheiro custa a ganhar e elevadas tarifas se impõem aos munícipes de São Facundo e os retardatários verão a taxa de ligação à adutora da “privada,” elevada para o dobro do valor inicial!
Seguindo o rasto do alcatrão remendado, a coisa foi ter a um estradão de terra onde a quinhentos metros mais adiante desemboca numa simpática ETAR!
Não houvera lá chegado e já as papilas olfactivas ousavam efectuar a primeira recolha sensorial, porquanto na região fedia a mesclagem de trampa e lodaçal!
Reparando melhor, o murete do portão de acesso ostentava esta placa alusiva onde se lia que a inauguração do dispositivo se deu a 20 de Março de 2012, na presença de sua excelência o senhor Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo... excelentíssima senhora Presidenta da Câmara, vereadores e seus acessores...
-Ah! 
Corrija-se que "mentirosa” se escreve com um “S” e não com um “Z"!
Naquele dia, Pina e acessores fizeram um papelão!
Acontece porém que a 1 de Setembro deste mesmo ano, aquilo ainda não funcemina!
Escalando as barreiras adjacentes era fácil perceber que em tanta alvura, só de sabrinas calçadas ali se acedia, naturalmente porque a Estação de Tratamento de Águas Residuais dos Barros teria sido concebida segundo a arquitectura e o design do Centro Escolar da Bemposta!
A vedação representará o soto e o genkan não é para se sujar!
Meia volta dada ao quarteirão se bem quando uma manilha espreitando a jusante do complexo residual e encaixada ao fundo de uma barreira de pedras, vomitava contínuamente decalitros de porcaria pura, escorrendo a céu aberto pelo ribeiro dos Vales, que na zona os idosos apelidam “ribeiro dos Carvalhos”!
Pois bem, era dali provinha o tal aroma que galgava as encostas e se entranhava nas narinas dos munícipes!
Por enquanto as maquinetas de depuração por fases não faziam coisa alguma!
Tratamentos preliminares de tamisação, desareamento e desengorduramento, tratamento biológico por lamas activadas em arejamento prolongado, leito de secagem de lamas, e câmara de contacto para desinfecção e medição de caudal... tudo a viver à custa do orçamento público...
Indagando os habitantes, explicaram que de facto aquela treta nunca produziu até agora, que desde a sua inauguração vêm suportando cheiros nauseabundos, dia após noite, aguardando pacientemente pela baixada da Electricidade de Portugal que mais parece uma obra de Santa Engrácia idêntica a tantas outras que nos vão habituando!
Decorridos cinco anos de planificações, será o mesmo que a Câmara passar licença de exploração a um estabelecimento sem que esse possua infraestruturas imprescindíveis ao seu funcionamento! 
Porém não deixa de ser um excelente local para respondemos a este questionário:
Torna-se enriquecedor em termos biológicos, na medida em que os cursos de água se saturam de matéria orgânica e biomassas, desenvolvendo plantas decompositoras de elevada toxicidade que consomem o oxigénio, aniquilando o ecossistema ribeirinho, contaminando os níveis freáticos e comprometendo a qualidade da água potável que escasseia e é essencial à vida!
Depois dá-se a eutrofização dos planos de água!!
A agricultura e a pastorícia envolventes ao ribeiro dos Vales e ao rio Torto sujeitam-se à contaminação por ovos de parasitas, fungos, vírus e bactérias que podem desenvolver surtos de esquistossomose, febre tifóide, leptospirose, tuberculose, hepatite, cólera e outras doenças congéneres no ser humano, engrossando as listas de espera nas urgências hospitalares do Médio Tejo e no Serviço Nacional de Saúde!...
Isto, quando não é do cú, é das calças.
O município fomenta o término das fossas sépticas obrigando os munícipes a largarem o caroço e seis meses depois vem a “privada” desculpar-se com a ineficiência da EDP em concretizar a baixada para colocar a porcaria em circulação interna e tal como se de água lhes escorresse por entre os dedos, manda a Abrantáqua diariamente uma viatura cisterna para recolher os esgotos que não chegam a escapar para ribeiro!
Tivesse o particular por falta de condições despejado dejectos num curso de água e estaríamos perante um crime ambiental, mas, sendo a Abrantáqua a fazê-lo, não passa de uma aborrecida discrepância de tempo entre o solicitado e o concretizado.
Nesta altura do campeonato já o ciberleitor reparou numa fusão entre Serviços Municipalizados e a Abrantáqua, a privada que gere os esgotos de Abrantes...com um Pina pelo meio?

-Serão cenas monstruosas de capítulos vindouros...
A entrada em funcionamento desta ETAR dos Barros ainda se dará antes da privatização dos serviços de abastecimento da água aos munícipes?
A propósito... há cerca de um ano o município fez uma recolha para análise laboratorial, de amostras da espuma que se forma a jusante do açude insuflável  do rio Tejo, aos pés de Abrantes...
Alguém saberá dar côr do resultado?!