.

.

Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os objectivos pretendidos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, padronizadas, politicamente correctas, adormecidas... ou espartilhadas por fórmulas e preconceitos. Embora parte dos seus artigos se possam "condimentar" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade de expressão" com libertinagem de expressão, considerando que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros"(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico, dinâmico, algo corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausado, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas incursões, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell). Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de interessantes sítios a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão abt com alguma dessas correntes... mas tão só a abertura e o consequente o enriquecimento resultantes da análise aos diferentes ideais e correntes de opinião, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais, válidos e úteis, dando especial primazia aos "nossos" blogues autóctones... Uma acutilância aqui, uma ironia ali, uma dica do além... Assim se vai construindo este blogue... Ligue o som e... Boas leituras.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

AVENIDA EUROPA


AVENIDA EUROPA


  Avenida Europa podia ser nome de programa radiofónico.
Podia, mas não é!
Avenida Europa foi designação da mais novel avenida abrantina.
Foi, mas não o é!
A Avenida Europa deu lugar a Avenida Dr. Mário Soares.
Logo surgiram transtornos diversos para os primeiros colonos que nesta avenida assentaram arraiais, pois tiveram de alterar as suas moradas nos registos civis, comerciais e demais documentação pessoal com as consequentes despesas daí inerentes, sem no entanto mudarem de residência. 
Nessa ocasião foi  uma mudança virtual com consequências analógicas ao nível das algibeiras.
Porque a anarquia é muita, na Avenida Europa, ora Dr. Mário Soares, os constrangimentos não se quedaram por aqui...
Na Avenida Europa, cada um larga a viatura a seu belo prazer, sem respeitar as placas separadoras e as viaturas surgem pela direita, no sentido proibido da Ramalho Ortigão, como os tiros no Irão!
Quando da abertura à circulação, esta avenida tubuca apresentava-se limpinha, lindinha e bem sinalizadinha.
Contrastando com o asfalto, do cimo ao fundo aquilo era um fartote de risquinhas branquinhas...
Vista do terraço do edifício dos CTT e afins, a avenida mais se assemelhava a asno preto com listras brancas ou a asno branco com listras negras...
Não comparável ao código de barras porque isso se torna bastante comercial...
Talvez mais a uma zebra...
Depois houve quem ousasse levar as passadeiras para suas casas, ou talvez sendo a tinta aplicada na confecção, da plástica mate para paredes e tectos interiores, o certo é que com as primeiras bátegas de água as benditas sumiram, possivelmente rolando pela avenida abaixo direitinho à Rotunda do Olival, daí para a Ribeira de Vale de Rãs e num truz indo dar novas pigmentações aos peixinhos do Tejo.
Esguias enguias, lampeiras lampreias, bogas, trutas e fanecas, todas maquilhadas à maneira!
  -Que neura!  Vade retro, Satanás!!!
Não se perca, onde vai!
O certo é que das passadeiras, nem novas nem mandadas.
Simplesmente sumiram!
Juntando à dupla nomenclatura inicialmente referida neste post, encontramos por'li o fenómeno da dupla personalidade, ou seja, quais Dr.Jekyll e Mister Hyde, há uns fulanos que como condutores interpretam as leis de uma maneira e apeados, interpretam-nas segundo o seu invés.
Melhor explicado, na ausência das passadeiras pintadas no pavimento mas com os sinais verticais informando a localização destas, há fulanos que levam a coisa a peito e saindo dos serviços prestados no edifício adjacente, atiram-se que nem tordos para a frente das viaturas que circulam no sentido descendente, reclamando direitos tão imaginários quanto as marcas rodoviárias ora ali inexistentes.
Gente corajosa que pretenderá beneficiar da reforma antecipada por invalidez, tentando apanhar boleia nas seguradoras dos automobilistas!
Depois de assentarem as nalgas ao volante, interpretam a coisa noutro prisma, reclamando que ali não há passadeiras, portanto não são obrigados a ceder passagem aos transeuntes que surgem inopinadamente de entre os automóveis estacionados em segunda e por vezes parados em terceira fila, outra praga que por’li prolifera em dias úteis, tendo dois parques de estacionamento nas redondezas, acima e abaixo de um dos edifícios mais frequentados em Abrantes a seguir ao Hospital Manuel Constâncio... claro está!
Varizes. Dermatites. Hepatites. Lúmbago do pior. Gripes de muitas estirpes. Enxaquecas. Meniscos. Bicos de papagaio. Trocicolo. Pés chatos. Artrozes atrozes. Nervos miúdos. Psicoses diversas. Alergias terríveis. Corações inquietos. Distorcidas visões. Pacientes impacientes. Spam no HTML e padecências várias!
Ali cai toda a bicheza, desde sensatos mensageiros, contribuintes, pensionistas, projectistas e até gente egocentrista, comodista, de relutante locomoção, cujos lípidos vão tomando conta do perímetro abdominal, quais estevas regurgitando em baldio!
Bolas, cá temos de novo a barata tonta... Há que chamar os serviços de desinfestação...
Consultando os regulamentos do código da estrada concluiremos que os sinais rectangulares de fundo azul ali plantados serão bonitos exemplares do...
H7(indicação de localização de uma passagem para peões)... 
...que servem de complemento à marca rodoviária M11 (indica o local por onde os peões devem efectuar o atravessamento da faixa de rodagem) e se consultarmos a relação de contraordenações rodoviárias descobriremos que na alínea i) do artº 145º, para o condutor se considera contraordenação grave a não cedência de passagem aos peões nas passagens para o efeito assinaladas... perante a marca M11, claro está!
Atenção que mesmo sobre as zebras, os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela transitam e a respectiva velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente (artº101).
 -Portanto com a M11 não se brinca!
Só por si, os sinais H7 não surtem efeito em termos de cedência de passagem,  funcionando com cariz informativo e servindo para localizar as passadeiras que por sinal... escapuliram!
Sendo a entidade que tutela a avenida, em caso de sinistro rodoviário caberá aqui uma palavrinha à Câmara Municipal de Abrantes por deficiência de sinalização que leva a induzir os utentes em erro e mesmo induzindo alguns casmurros a travem-se de razões fúteis com quem passa, ou com quem se fica!
Uma prostradela por aquelas paragens assistindo a troca de mimos entre os transeuntes mais inflamados, será ideal para enriquecermos a verborreia vernácula que será inversamente proporcional à míngua de valores!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CONFUSO



CONFUSO


 O boletim municipal do concelho de Abrantes anda a troikar os Passos ao pessoal...
Se bem repararmos, logo na capa do número 92 onde está representada a linda imagem das tágides águas humedecendo a tenda do Gadaffi, reporta-nos tal emergência para Março de 2012...
Se a memória não nos atraiçoar, poderemos recordar que nesse ano, a invernada foi seca...
Presume-se que o redactor pretenderia referir-se aos excessos pluviométricos deste último mês de Março...
Uma trapalhada, portanto...
É de se arregaçar as calças com tanta água!
Às páginas tantas, constatamos que parte das notícias dadas recuam ao terceiro e quarto trimestres do ano transacto... mais que repassadas nos meios de comunicação social regionalistas e nos... blogues, claro!
Talvez razão plausível para que na capa da brochura figure o ano de 2012...
Se olharmos para o canto superior esquerdo da lombada, junto ao “P” vislumbramos uma pequena barra vertical preta onde a muito custo conseguimos ler:
O seu, a seu dono!
A publicação do boletim não será propriamente gratuita nem a Gráfica Almondina trabalha para aquecer!
Não esqueçamos que o dinheirinho investido na feitura destes exemplares sai das nossas algibeiras, na forma de impostos!
Gratuita será certamente a sua distribuição ao público.
Encabeçando a página 7, é divulgada a seguinte parangona:
Ora bem, se não há ninguém para os Vinhos Casal da Coelheira... 
Para quê o avultado investimento dos seus produtores?!
Adiante...
Se desfolharmos a revista até à página 8, levando em conta os equipamentos de educação do século XXI, numa espécie de regresso ao futuro é de sublinhar a visão vanguardista do arquitecto Aires Mateus que esteve presente na exposição alusiva ao projecto dos novos Centros Escolares, decorrida na Galeria Municipal de Arte entre os dias 12 de Outubro e 23 de Novembro do ano de 2102 (dois mil cento e dois)...
É de sublinhar que este evento ocorreu no século XXII ! É muito à frente!
-As ideias avançadas são assim...
Também é de sublinhar que na página 9, a jornalista Patrícia Fonseca se antecipou cerca de um ano na apresentação do seu livro “Safira e a luta contra o cancro” porque afinal sempre foi a 18 de Janeiro de 2012 que esteve presente na Biblioteca António Botto e não em 2013 como alguns teimosos insistem em afirmar.
Poderá servir de álibi para qualquer coisa.
-Que confusão, Mon Dieu!
A letra é espessa quando se trata de noticiar cenas mediáticas mas... quando toca a publicar deliberações, direito de oposição e sessões ordinárias e extraordinárias, a letra mingua ao ponto de necessitarmos recorrer à lupa...
É o miolo do boletim municipal.
Ainda assim, conseguimos perceber que na acta nº 17 (página I - primeiro parágrafo) é aprovada a minuta de contrato de aquisição dos serviços de uma empresa de transportes escolares para colmatar a distância entre as residências dos alunos e a sua concentração nos Centros Escolares, para depois mais adiante, na sessão ordinária de 21 de Setembro de 2012, (página V - último parágrafo da primeira coluna) o presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos manifestar o seu reconhecimento, referindo que a criação do Centro Escolar na sua freguesia levou a um aumento significativo de alunos inscritos...
Pudera!
Será que entretanto os garotos se reproduziram?
Esta afluência deveu-se aos bonitos olhos dos autarcas?
Foi pela qualidade das instalações?
Ná!
Como os alunos são obrigados a deslocar-se de outras freguesias,  é natural que haja um aumento significativo de inscrições em Rio de Moinhos!...
Ao fim de um ano e muitas suspensões sacrificadas, foi alcatroada a via de acesso ao complexo escolar...
Compreende-se.
Caminhamos a passos largos para mais uns sufrágios autárquicos que se perfilam no horizonte...
E o pessoal esquece.
Na contracapa do boletim municipal houve a tentativa de serem antecipadamente divulgadas as Jornadas da Juventude a decorrer entre 17 e 20 de Abril mas como a brochura foi distribuída a partir de 22 de Abril, tarde chegaste!
Em suma, um boletim informativo reportando-se desde Outubro de 2012 a Março de 2013, distribuído em finais de Abril de 2013, noticiando acontecimentos de Janeiro e Setembro de 2012... e... uma viagem relâmpago até Novembro de 2102 !...
Algo confuso...
Não é, senhora presidenta?
Se o nonagésimo terceiro boletim informativo estiver na forja, bem poderiam juntar os dois num só, como o champô ao amaciador para que o cabelo não ficasse assim... tão... tão... escadeado.