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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os objectivos pretendidos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, padronizadas, politicamente correctas, adormecidas... ou espartilhadas por fórmulas e preconceitos. Embora parte dos seus artigos se possam "condimentar" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade de expressão" com libertinagem de expressão, considerando que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros"(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico, dinâmico, algo corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausado, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas incursões, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell). Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de interessantes sítios a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão abt com alguma dessas correntes... mas tão só a abertura e o consequente o enriquecimento resultantes da análise aos diferentes ideais e correntes de opinião, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais, válidos e úteis, dando especial primazia aos "nossos" blogues autóctones... Uma acutilância aqui, uma ironia ali, uma dica do além... Assim se vai construindo este blogue... Ligue o som e... Boas leituras.

sábado, 22 de outubro de 2011

INDIGNADOS



INDIGNADOS

As manifestações internacionais de indignação subiram de tom nos últimos dias confirmando que os estados democráticos estão a ser atacados no seu ponto mais vulnerável que consiste na liberalização económica dos seus povos.
Durante a ultima década, uma conspiração capitalista tem vindo a contaminar progressivamente as economias mundiais e a estabilidade financeira dos povos que alinharam em convenções económicas, pactos comerciais e moedas únicas, acedendo ao capital para aquisição de bens materiais supérfluos com que cada cidadão, cada família, cada empresa, cada município e cada estado se foram endividando, iludidos com o obséquio do rápido desenvolvimento e modernização, qual maquia de dinheiro ostentado numa ratoeira.
Neste Século XXI são bastantes os regimes democráticos que acusam vulnerabilidade face às evidentes estratégias de um poder económico transversal aos cinco continentes enquanto a força das armas é demais eficaz na conquista de territórios não alinhados, geralmente controlados por regimes ditatoriais de sucessão familiar.
Erroneamente, a nível mundial, muitos são os Estados, as empresas e as famílias que se envolveram no ambicionado conceito materialista do ter para ser” alinhando numa espiral de competitividades e sentimentos de posse, expondo deste modo os seus ordenados à mercê das oligarquias financeiras com ramificações dissimuladas em cada um dos países.
Os governantes das nações aderentes às convenções económicas internacionais foram transformados em marionetas comandadas pelas cúpulas financeiras, limitando o seu discurso à fronteira da mera propaganda política, saindo-se gorados na tomada de decisões previamente parametrizadas pelos segundos.
Portugal, sendo um dos países económicodependentes do €uro, é o exemplo flagrante de como o presente envenenado do crédito fácil à moeda única e o consequente consumismo desenfreado saciante de vaidades e de afirmação social funcionou deveras, ao cúmulo dos sucessivos governos pressionados pelos todo-poderosos detentores do capital condicionarem os Planos de Estabilidade e Crescimento e os Orçamentos Gerais do Estado a metas restritas, em troca da prossecução da autonomia e consequente libertação do estrangulamento económico em que o Estado Português se deixou endividar.
Talvez porque as agências de rating insistam em classificar a economia portuguesa como lixo é que um tal Administrador Executivo Financeiro e Delegado com curtas passagens por (10) dez empresas de recolha e gestão de resíduos industriais e domésticos, vulgo colecta de lixos, na qualidade de actual líder do elenco governativo de alargados conhecimentos teóricos, resolveu limpar a carteira aos portugueses, num arrojo superior ao dos seis anos em que o Presidente do Conselho de Ministros António de Oliveira Salazar a convite do Marechal Óscar Carmona, se propôs recuperar Portugal tomando as rédeas dos poderes legislativo e executivo, incrementando reformas agrárias com a prossecução do povoamento dos baldios e politicas económicas reforçadas, introduzindo impostos e taxando como a contribuição braçal que seria a aquisição do direito do povo poder circular pelos caminhos cuja praticabilidade era assegurada pelo suor dos mesmos, mais a contribuição predial que incidia sobre os hectares de terreno cultivados, a regulação de salários e diminuição das despesas do País, valendo nessa altura a ambivalência das servis negociatas entre a frustrada progressão das beligerantes ditaduras europeias da Linha do Eixo, especificamente a Alemanha de Adolf Hitler e a Itália de Benito Mussolini que pelas armas, disputavam espaços territoriais e económicos e, em ambivalência com alguns dos países ditos Aliados, nomeadamente o Reino Unido, a França e os negociantes de armas Estados Unidos da América que se chegaram à frente movidos pela porrada Nipónica de Pearl Harbour, aproveitando o “botas santacombadense”, a ocasião de exportar toneladas de volfrâmio com a finalidade de endurecer o aço de armas e munições beligerantes, cerais e cobertores para ambas as partes contundentes, alguma carne para as bocas dos canhões que espalhavam metralha e morte nas trincheiras das aldeias, vilas e cidades europeias e africanas, e reparem bem, senhores ciberleitores, para que tal fosse possível, rechaçando outros tantos bens aos portuguesitos, conseguindo que esta Nação recuperasse a sua independência económica e vivesse numa autarcia ditatorial (orgulhosamente sós), alicerçada em fundamentalismos católicos evangelizados pelo Cardeal Cerejeira, que era o garante da fé pelo regime, mantendo mente do povo ocupada com convicções conservadoras e utópicas.
O negócio das guerras sempre deu bom dinheiro!
Hoje, de facto, com as conjunturas actuais, mais vale sós do que mal acompanhados!
Para voltarmos a atingir o tal denominador comum falta imporem-nos a abolição do direito à greve, a inviabilidade dos partidos políticos, a eliminação da liberdade de expressão, o impedimento de manifestações públicas e substituir-nos os sindicatos por similares organizações controladas pelo regime, propósitos que salvaguardarão a rápida independência económica a bem desta penhorada nação. 
Aí sim, os artigos de opinião publicados na Web poderão deixar de ter vida própria.
Não será provável que a contemporânea Igreja bastante distanciada dos cerejeiros, e as Forças Armadas pactuem com os ditames dos governantes submissos aos conspiradores mundiais que tomam os seres humanos por eunucos vilmente usurados.
Entre outras, decerto que esta é a forma mais directa de nos tentarem tirar da asfixia dos famosos três mil milhões de €uros que o sistema económico internacional nos foi delapidando, aliciando-nos com o crédito fácil quer através de fartos subsídios comunitários, quer através do dinheiro virtual materializado em cartões de plástico que nos foram impingidos, tanto através das instituições bancárias ora falidas, quer por venda directa nas superfícies comerciais, recorrendo a pura publicidade enganosa que sob a égide da rápida modernização nos foi incrementando hábitos de consumismo desmesurado bem acima da autonomia financeira.
Doravante, os países contaminados vão sendo fustigados por essa conspiração económica mundial recorrendo à usura dos estrangulamentos financeiros através das acções de desmotivação psicológica incrementadas pelas notas de descrédito das famosas agências de rating, classificando as economias de cada país visado como lixo, seguidas pelas exigências dos cobradores da troika a mando do cubridor Fundo Monetário Internacional...
? ? ? São uns pixéis fixes e esclarecedores que andam à solta aí pela Web...
...encobridor de empresas necrófagas que aguardam pacientemente pela capitulação financeira das empresas públicas e privadas, seguidos atentamente pela cumplicidade de um tal Banco Central Europeu, para assim as poderem adquirir ao desbarato, tentandos no velhinho principio do “quem desdenha, quer comprar”!
Nesta aldeia economicamente globalizada, bastantes são os países que de Norte a Sul e de Este a Leste caíram na armadilha que os conduziu ao estrangulamento económico, sendo a Grécia, a Irlanda, a Inglaterra, a Espanha, a Itália e Portugal, os primeiros Estados da zona €uro a acusar as vicissitudes do ilusório toque de Midas, neles se despoletando manifestações de indignação, protestos espontâneos e convulsões sociais mais ou menos organizadas e mais ou menos violentas, enquanto a Chanceler Alemã e seu gálico parceiro, pressionam os países fustigados pela tempestade financeira.
Revelada uma ocultação ascendente a cinco biliões de €uros em território germânico que é o maior país credor da União Europeia com interesses a serem defendidos no Banco Central Europeu, à presente data a poderosa Chanceler hamburguesa veio reconsiderar as suas exigências comunitárias, revelando alguma flexibilidade ao colocar a hipótese de ser perdoada meia dívida helénica, tentando desmistificar a Crise €conómica €uropeia, vulgo C€€.
Há coisas fantásticas!
Portugal não é excepção, optando os seus dirigentes por sobrecarregar o povo com mais e maiores impostos e outras tantas medidas drásticas de reduções salariais, incidindo sobretudo em 99,9% da classe que com muitos custos resgatados, vai mantendo vivas as diferentes máquinas estaduais de sucção de divisas.
No universo dos módicos 0,1% ainda há umas dúzias de maganos sustentados pelo erário público, onde se incluem gestores, administradores, ex-poilíticos reformados, pensionistas e subvencionistas vitalícios provenientes de uma data de empresas públicas, institutos, fundações e outras tantas parcerias público-privadas, (estas últimas que por mais uma vez em tempo de vacas magras...
...se preparam para receber outra tranche de quinze modernizadores milhões de €uros), não desprezando algumas elites com "acento par'lamentar" que auferindo de chorudas avenças, despesas de representação, subsídios de deslocação, alojamento e outros pózinhos de perlimpimpim somados aos respeitáveis tachos, auferem quantias superiores a 40.000€(quarenta mil €uros) mensais, qualquer coisa como uns módicos 8.000.000$00(oito mil contos) dos portugueses, contabilizando quinhentos e sessenta mil €uros anuais, e desta maquia os ditos cujos executivos arriscam-se a perder aproximadamente oitenta mil €uros de subsídios de férias e Natal... contrapondo-se aos modestos ordenados dos cidadãos comuns de onde são esmifrados os impostos para sustento das citadas mordomias, e no prazo de dois anos taparem o tal buraquinho, desvio, derrapagem, dívida, ou aquilo que lhe queiram chamar... dos três milhões de €uros e quiçá, recapitalizar os desvarios dos banqueiros privados!
Retiradas umas quantas deduções em sede de IRS, e os prováveis dois meses suplementares de ordenado por cada ano vencido, vem o teórico governo de coligação propor-nos uma esmola de 5% na facturação de determinadas prestações de serviços e bens adquiridos, com o intuito de combater a mais que previsível evasão fiscal resultante da subida do IVA incidente sobre os bens essenciais de primeira necessidade para o topo dos 23%, sacando-nos o porco para nos “oferecer” um chouricito! 
A ver vamos se todas as medidas limitadoras do poder de compra dos portugueses não provocarão uma drástica contracção económica que se reflectirá não no ambicionado aumento mas no decréscimo exponencial das receitas estaduais provenientes dos gorados impostos, resultando em emendas bem piores que os sonetos do aparentemente drunfado Ministro das Finanças...
... que, supondo botar benzedura nas contas públicas mais não fará do que lhes partir o nariz, reflectindo-se nos negócios com os povos estrangeiros!
É cívico que ordeiramente os portugueses não se limitem à resignação e saiam à rua manifestando a sua indignação com o devido respeito pelos mobiliários urbanos, bens móveis e imóveis que são pagos por todos e ainda pelas indignadas forças da ordem que em cumprimento da sua missão, partilham comuns constrangimentos.
Findo este desabafo longo pr’á caramba, aqui vos é postado um iútubí que poderá ser de vosso agrado se concordardes com a prosa, ou do vosso desagrado se possuirdes distintos propósitos!

-Uf! Por hoje, chega de indignação!