O TUBUCOSSAURO
II
Segundo
episódio
Gaita! A sucessão de acontecimentos era demais para um Cidadão
que não tinha propriamente dezasseis anos!
Convicto
de que ali havia sangue, este azarado ergueu-se a muito custo da calhostrante
prostração, arrojando por entre os arbustos na firme suposição que aqueles gemidos
fossem provenientes de algum aventureiro ferido ou, pela panóplia de
descartáveis atreitos à degustação, defumação e cópula humana, espalhados entre
a densa vegetação, poderiam advir de algum casal embrenhado algures em sublime
inseminação genética veementemente recomendada pela comadre Cavaquêta.
Afinal não
se tratava de uma coisa, nem da outra!
Ajoelhado e de mãos erguidas aos Céus, Dacota recitava
versículos de Chico Buarque de Holanda...
-Ah!... Pois!...
Às paginas tantas o ciberleitor estará para aí apanhando bonés simplesmente por não ter consultado o primeiro episódio!
Se fôr o caso, primeiro faça o favor de viajar até este sítio e só então, seja bem regressado!
Por
seu turno, Marley via a salvação da
alma no anfíbio semelhante ao Tiranossauro
Rex...
-Irmão! Estou na tua
onda! Descobrimos um porto de partida para a repatriação! Esta é a escada que no
dia do Êxodo final nos encaminhará a Sião!
-Qual quê? Isto é uma
plataforma de acesso aos zeppelins mas não tem nada a ver com a repatriação ou
o raio que os parta! Com a implementação das sinergias renováveis, no futuro a
nafta e o querosene vão ser substituídos pelo biogás e o lowcost
transcontinental passará a fazer-se em dirigíveis e balões de ar quente,
movidos a hélio e a hidrogénio!
Foi o predestinar do aviador.
-Yá! Quando chegar o
Armagedon, enormes zeppelins e bué balões irão atracar lá em cima donde
embarcará toda a Babilonia!
-Ó homem, ganhe calma,
pôcha!! Qual Armagedon qual quê!!!
Enervava-se a Companheira.
-Yá Sista! Não invadas
o meu templo nem a minha itazion! Curte a tua, tá?
-Afinal o que se passa aqui? Sempre acertaram no monstro? Ouvi
três tiros ou foi impressão minha?
Reentrou cá do Cidadão que percebera ter recuperado a lexia!
O tralho provocado pelo Djah dera um jeito nisso...
Não era propriamente um bicho...
Aquilo seria o monumento à besta pré-histórica que durante o período Cretáceo, vai para uns setenta milhões de anos, povoou os continentes americano e asiático.
Tão autêntico que a ilusão óptica bem
deturpou a realidade!
-Isto é o monumento a um sauro qualquer coisa... Tubucci... Um
Tubossauro... ná...
-Um Saurobuco...
-Não sejas parva... Companheira!
-Yá! Hailé Selassié é a luz que nos guia!
-Yá! É a redenção,
meus irmãos!
-E tú a dar-lhe, Companheira!
-Yá! O êxodo da
Babilonia está para chegar e este é um porto de partida!
Marley mostrava-se excitadíssimo com o
achado e não se calava por razão alguma!
-Meus senhores... Isto
será uma talhada de bancada dos estádios que sobraram do Euro 2004! Recordem-se
que os estádios deixaram de servir? Pois Bem! Agora serve de plataforma para as
aeronaves do futuro!
O Dacota tinha
ideias fantásticas...
-Não está mal pensado não senhor... Já sei! Aquilo é para os
pescadores!
-...Companheira. Parece-me mais o monumento a um animal
pré-histórico... E, a plataforma maior está orientada para terra! A tua
sugestão não tem logica!
-Palerma! É uma plataforma sim, para os pescadores darem banho à
minhoca, mas desorientado com a crise que atravessamos e pressionado pela autarquia
receosa que o actual ministério abortasse a concretização do projecto, o
empreiteiro precipitou-se na obra, acabando por construir o balcão virado ao contrário
do idealizado! A parte elevada devia ficar orientada a Sul, precisamente sobre as
águas do rio!
-Disparate! Para mim não passa do monumento ao Tubucossauro Rex!
-Yá! O império da
Babilonia está perto de desaparecer! Pode ser um Babilossauro!
Ou o Marley sofria
de insolações ou o ganjah seria puro...
-Desculpe-me a indiscrição, senhor Dacota...Porque estava
ajoelhado recitando frases do Chico Buarque?
-Tive uma visão! Vi aqui uma excelente oportunidade de negócio!...
-O quê? Gerir uma companhia de aerodirigiveis?
-Não! Abrir uma roulotte
para aviar cachorros quentes, minhocas, sandes, preservativos com vários sabores, pregos, kebabs, astiôt's, hambúrguer's, protectores solares, chocolates, bronzeadores, bonés, anzóis, pensos, carretos, pesos, rapalas, linhas, fateixas... engôdos... lubrificantes... e tirar cerveja a
copo para o pessoal que embarca nos balões!!!
-O amigo não disse que se
queria reformar?
-Pois quero! Pois
quero! Mas depois aqui posso vir a ser director executivo de uma empresa público-privada!
Por exemplo, não há quem empine negócios com a água dos canos?
-Atire isso para trás das costas, senhor Dacota! E a lengalenga
da Geni... o que tem a ver com o assunto?
-Amigo! Não reparou na
quantidade de lixo e de camisinhas espalhadas ali no mato?
-Para bom entendedor,
meia palavra basta...
-A tua liviti é da Babilónia, meu! Curtes os césares, meu! Nunca
atingirás boas vibrações do irie, irmão! Só te digo, irmão! Esta cena está aqui
para no dia do julgamento final os impios poderem embarcar rumo a Jhah! As
águas correrão bué de Sião e a vingança do Nyabinghi virá implacável!
-Essa explicação esfarrapada não convence, senhor Dacota...Você
terminou a récita como de uma oração se tratasse...
-Confesso... Há muitos
anos vivi uma paixão com uma rapariga de seu nome, Geni...
A Geni também estava
por mim apaixonada mas eu era um pobre diabo sem posses...
Toda agente da vila
onde a Geni vivia criticava a nossa relação e até os pais a condenavam!
A Geni era uma
rapariga muito feliz, rockeira, extrovertida e alegre.
Certo dia, na vila apareceu um jovem
industrial bem-parecido que foi apresentado à minha Geni.
Individuo de grandes
heranças e bastante rico, que se fazia transportar numa negra limousine guiada
por condutor privativo...
Como a Geni era muito
bela, por ela esse homem se afeiçoou, arrebatando-lhe as atenções...
Instigada pelas
pessoas da vila e pressionada pelos pais, Geni trocou o meu amor pela fortuna descomunal
desse homem...
Dai em diante a Geni
raramente saia do alto da colina, vivendo enclausurada num palácio amuralhado e
vigiado por seguranças privados.
Das raras vezes que foi vista em público, o seu semblante era pálido, triste e carregado...
O olhar tornara-se
estático, evasivo, vítreo, distante.
Geni vivia triste e
isolada do mundo onde crescera, prisioneira daquele homem possessivo,
desconfiado e ciumento, que cobiçava toda a riqueza da terra.
Vidrado por
sentimentos de posse, esse homem esquizofrénico violentava a Geni em sucessivas
sevícias de violência doméstica ao ponto de seus prantos de sofrimento ecoarem
pelo vale perante à indiferença dos habitantes que diziam ter a Geni
enlouquecido e entre marido e mulher ninguém meta a colher!
Até hoje padeço na
certeza que a Geni jamais regressará, não porque esteja prisioneira desse homem
mas porque encontrou a sua libertação, resolvendo partir de vez para o outro
mundo ao desfechar um tiro fatal na sua própria cabeça...
"Aquerdito" que a minha Geni,
mártir da cobiça dos homens, dos interesses e dos preconceitos da sociedade que
a rodeava, hoje será mais um lindo anjinho que repousará eternamente, bem junto
do Senhor!
Foi maior o desgosto
quando a Geni partiu para a eternidade do que aquele que padeci quando a Geni
me deixou! Hoje persegue-me a culpa de não ter fugido com a minha Geni e por isso
jamais minh’alma se perdeu de amores por outra moça porque a alma da minha Geni
se manterá bem viva dentro de mim.
A tragédia aconteceu
no ano em que o Chico Buarque lançou a “Ópera do Malandro”...
Por coincidência lá tinha
uma Geni com outra história semelhante e que muito me marcou para sempre como
de um culto sagrado se tratasse! Fixei-me na imagem do tirano e o Zeppelin! Compreenderá
agora a minha oração?
-Compreendo... E peço-lhe perdão pela pertinência... Cada um de
nós arrasta as suas memórias e as suas mágoas...
-Desculpem... Posso falar?
-Sim diga...
Coitada da Psiché!
No início fora o centro das atenções e agora estava esquecida no seu cantinh...
-Estou tão confusa!...
-Sim...Confusa. E mais?
-Foi construído ao contrário como disse a senhora Companheira mas o tabuleiro de cima devia ser uma prancha para os banhistas se lançarem à água e ainda por cima estou a resfriar...
-Vista a t-shirt,
menina... Vai ver que isso passa! Repare...Neste local, mesmo que isto fosse
construído ao contrário, o rio tem pouca profundidade e os banhistas ao embater
no leito acabariam por partir o pescoço e com o corte dos honorários pagos aos
Bombeiros Voluntários não havia ambulância que sobrasse para acudir a tanto traumatismo...
-Prontos, e se fosse
um cais de acostagem para naves extraterrestres?
-Hummm... Na acostagem, as
naves esturricavam aquilo tudo e a Matri Harka não os queria cá porque os
sujeitinhos são horrorosamente verdes e tendo as unhas dos pés muito compridas, rompiam-lhe as biqueiras das sabrinas...
-Sabe? Na verdade tenho fome...
-É isso que tem para nos dizer?
-Só, e não é pouco...
-Quanto à fomeca, já se vai resolver isso, minha linda menina. Se
continuar com frio, a minha Companheira traz um corta-vento cor-de-rosa na
mochila que terá muito gosto em lho dispensar... Não é assim, Companheira?
-É sim! Minha querida. Fique à vontade!
-Yá, minha Rainha!
Ficas bem com a sista! Esses irmãos são ital! Querem ganjahr um cutchie de
meca? Dá um Irie de boas vibrações.
-Eh! Pá! Não, obrigado! Somos felizes assim, sem essas vibrações!!!
-Viva, pessoal! Ouvi
três disparos! Está tudo bem com vocês?
Sem que o grupo desse côr, um transeunte ousara aproximar-se
sorrateiramente pelo estradão de terra batida!
-É verdade! Quem foi que atirou?
-Fui eu!
-Mas... Porquê, se nem vislumbro vestígios dos projécteis cravados
no monumento?
-Quando você recuou
naquele estado de dislexia, engatilhei imediatamente a canhota para o que desse
e viesse!
Entretanto, o cão
levantou um coelho ali no meio da vegetação e eu, nervoso, atirei-lhe
reflexivamente! Os tiros saíram-me tão altos que, por pouco iam atingindo o
Djáh!
-Por isso é que o cão passou disparado a ganir desalmadamente...
Como o Joaquim
bem o comentou no primeiro episódio desta confusa crónica, o grupo era
verdadeiramente heterogéneo...
-Ninguém se magoou...
-Ná! Tudo nos conformes... O senhor... É daqui?
-Sou sim... Estou além no asmanho da terra para a sesmenteiras...
-Ainda bem que encontramos
uma pessoa desta terra... Estamos aqui numa discussão que se calhar até você
nos poderá esclarecer! Sabe-nos explicar o que é isto ou para que serve?
-Isto são cento e
quinze mil euros que foram aqui enterrados e servem para aproximar a população
ao rio!
-Como assim?
-Diz a presidente que
as pessoas andam disvorciadas do rio e isto serve para desvolver o Tejo à
população!
-Ouça cá... Pelo lixo que eu vi lá atras, a população
aproxima-se bastante do rio!... Aliás! Aqui, quando a população não se aproxima
do rio, o rio encarrega-se de se aproximar da população.
-Yá! Tá-se bem! No
testamento, aquela cena do Maomé e da montanha!
'
-Pois acho que os vereadores é que se disvorciaram do
rio e agora precisam destas obras para faszerem as paszes... Sem estes bloscos de cismento o pessoal até que já costumava vir à pesca para aqui, faszer chusrrascos e otras malandrisces que não
posso contar diante das senhoras. Só cá nos faltavam os senhores vereadores da
câmara para nos faszerem companha!
-Quer dizer que estas
mesas de betão são para o pessoal patuscar...
-Exastamente!
-A poeirada que se levanta com a brisa canalizada no vale e a
passagem desse carro também faz parte da devolução do rio à população ou os
trocos não chegaram para pavimentar os acessos? A propósito... Se trata de um
parque de merendas, onde está a aprazibilidade deste local?
-Realmente, está aqui
uma ensxovia! Desviam era de calscetarem a estrada até além abaixo e pasvimentarem
este terreiro para que as pesçôas posçam
fazer os piqueniques em sossego e sem mastisgar a terra toscada pelo vento!
-Está certo... Para que serve este Tubucossauro?
-Tusbuscosxauro? Ah!
Ná! Isto é para faszer teatros! As pesçôas sentam-se nos desgraus que há por aí
acima e despois assistem às pesças de teatro e à música da banda que toca nesta
plasca desbaixo. Diszem que é uma xespécie de ansfistreastro!
-A ver se entendo... O pessoal senta-se nesses degraus por aí
acima...
-Xim!
-E quem trava a ventania que se faz sentir nesta zona inóspita?
É que isto está construído numa bacia hidrográfica com diferenças térmicas! Certamente
que será sempre um lugar ventoso!
-Xim!
-Podiam ter investido os cento e quinze mil euros em
infra-estruturas adequadas a um parque de merendas funcional...
Arvoredo de copa larga, grelhadores, pontos de água, lava-loiças
e sanitários são fundamentais para tornar aprazível este espaço e mandavam o
Tubucossauro às urtigas, que isto só assusta as pessoas evitando evitando que tenham de recorrer a moitas e a oliveiras!
-Qualquer projectista
que estudasse a zona perceberia de imediato que esse tipo de construções é que
faz falta para aproximar as
populações ao rio...
-Na inaugurasção, a
senhora preszidente disxe que isto vai um ponto de lisgasção de um casminho
junto ao rio, que vem desde Alvesga até Constância e que liga ao casminho dos
peresgrinos para Fástima!
-Ouça! Porque fala asxim?!
Isso é um sotaque beirão... Por acaso o senhor...
-É por cauxa da placa
dos denstes que me esxtá xempre a cair e asxim xeguru-la!
-E se bem pensado, também
vai ligar ao Caminho de Santiago, na Corunha...
-Com os transvases, a Sul os Castelhanos cortam-nos o caudal nos
estios e manda-nos enxurradas nas invernias. De seguida rumamos à Galiza
implorando milagres a Santiago!
-Os caminhos fazem-se caminhando...Não é preciso este tipo de
monumento para coisa nenhuma...E a Psiché, continua com friozinho?
-Um bocadinho, minha senhora.
-Tome lá este corta-vento...É cor-de-rosa...assenta-lhe muito bem...
Ofereço-lho.
-Tão querida...
-Quem? Eu?
-Pois...Quem havia de ser?
-Eh! Irmãos! Isso são
cenas da Babilónia, meus! É politrucaria! A Sista está certa na Itação. Yá! O
caminho faz-se caminhando, meus!
-Rio de Moinhos é que
prescisa das ruas conscertadas. Essa empreistada deve de fiscar para mais perto
das eleisções...
-Senhor. Há por aqui perto algum espaço onde se possa dar ao
dente?
-Além asdiante voscês
encontram alguns restaurantes!
-Sim senhores... O que acha o pessoal? Está a ser uma e meia da
tarde! Vamos petiscar qualquer coisita?
Foi acordo mútuo e espontâneo!
-Senhor Dacota... No final dividimos a despesa pelos dois?
-É um prazer! Correcto
e afirmativo!
Deixando o aldeão para trás sem antes ter rejeitado o
convite para partilhar do almoço, trezentos metros de passadas furtivas separavam estes intrépidos relativamente a um restaurante localizado à esquerda do caminho, na entrada da aldeia... a”Casa Noémia”...
Entrados
pela porta do café, o senhor baixinho que espreitava por detrás do balcão encaminhou simpaticamente este suado grupo para os aposentos, indo encontrar uma sala bastante
aconchegada, aprazível e exibindo sóbria decoração, enquanto Djá descansava no pátio
adjacente...
A jovem e prestimosa funcionária apresentou o cardápio
bem diversificado...
-O que acham de uns secretos?!
-Yá. Isso são cadáver?
Marley
era um tipo esquisito no comer...
-Se é carne? Sim...Uma espécie de febras grelhadas...
-Somos vegetarianos!
Isso é manjá de babilónios! Nós não matamos os animais para comer. Nós
preferimos manjá natural.
-Somos cinco. E se
vierem duas doses de secretos e outras duas de migas?
Propôs o Dacota.
-Migas? O que é isso?
-São couves, batatas
cozidas, feijão, pão de milho, tudo fervido com farinha!
-Yá! Tá-se bem! Uma
boa onda! Minha rainha curte!
-Sai duas de migas e
duas de secretos, ó colega! Ah! Dê aí uns restos ao cão e ponha o prejuízo na
conta!
-Colega? A rapariga é sua colega?! Como assim? Você não é
aviador?
-Sou sim senhor!
Trabalho numa cervejaria em Lisboa onde avio os clientes!
-C’um raio! E os seus conhecimentos de aeronáutica?! Ao que se
devem, afinal?!
-Sou sócio honorário
de um clube de aeromodelismo onde pratico a modalidade com o protótipo de um DC-3!
-Cúm catano!!! Ele há cada uma que um tipo até fica a andar de lado!!!
Pode ter sido do tinto da casa... Um rico
morangueiro servido ao jarrinho, de se entornar e pedir por mais!
No final do excelente repasto rematado a tigeladas de Rio
de Moinhos, Em pires de barro e juntamente aos cafés foi servida a dolorosa nada padecente ao ser partilhada entre o Cidadão e o Dacota...
Eram quinze e trinta quando estes cinco fotofóbicos regressaram à luz do dia, desta feita com a cobra a enrolar-se-lhe à cintura, reclamaram a Peugeot 505 levando o Dacota, o Marley, a Psiché e o Djá ao encontro do comboio que os transportou do Entroncamento a Lisboa, devolvendo estes dois aventureiros à morança perdida algures no concelho de Abrantes, onde
foram lavrados estes dois episódios que vos prendeu a atenção...
7 comentários:
Bom dia Caro Cidadão abt.
Na senda da aventura eis que o segundo capítulo nos trás novas peripécias escaldantes.
As descobertas no palmilhar do terreno, as cenas delirantes e depois de tudo doses de secretos e de migas regadas com um bom morangueiro dá alento para que a senda continue.
Dois episódios mirabulantes que ficarão para a história das aventuras que passam por este Blog.
E com um conteúdo contado e escrito ao pormenor ora digam lá se isto não tem estofo para ser editado num livro que possa sair daí!..
É caso para pensar e deitar mãos à obra, pois se por aí anda a rebolar tanta leitura sem interesse onde hoje em dia é o prato forte de qualquer um mesmo que não saiba o que escreve, daqui se pode transmitir cá para fora muita obra de interesse porque existe matéria prima em abundância com um certo valor e até, um romance das novelas que acontecem cá pelo burgo onde a tristeza nos invade.
Que isso seja um alento para essa iniciativa é o que se pede visto que, ovos já existem resta fazer a omolete.
Xau xau, saúde e força na tecla, a chuva já rega o nabal, espera-se agora que a hortaliça rebente bem fresquinha e saborosa.
Caro Aqui-Ali-Acolá!
Cá temos um ponto de discordância:
Como é que uma pratada de secretos acompanhados de arroz e feijão e umas migas a mistura, regadas com um tintol de estalo podem dar alento para mais?
Isso é em teoria porque na prática, deixa de nos apetecer fazer mais algum!
Compreende-se assim como é que há gente que se dedica exclusivamente à gastronomia, os chamados eno-turistas, e não são capazes de percorrer 200 metros sem expelirem os bofes pela boca!
Literatura é algo que cá o Cidadão devora nos momentos de relax, compreendidos entre as horas de trabalho, horas de escrita, horas de internet, horas de caminhada, horas de convívio e horas de lides da terra.
Por vezes quando hora para o relógio, este desgraçado constata que ainda não se deitou, tendo que se levantar quatro horas mais adiante e devido a este vício danado, quando acontece um espaço em branco, instala-se a irrequietude inaturável.
O dia do Cidadão devia ter 36 horas e como tal não é possível, torna-se assaz difícil conseguir tempo para corresponder atempadamente aos comentadores!
Quanto à publicação do livro, são várias as opiniões nesse sentido, quer vindas pela Web como em conversas pessoais.
A leitura mais procurada na região de Abrantes è a cor-de-rosa!
Vá-se a uma qualquer livraria em busca de determinada obra e a resposta estereotipada é que tiveram um exemplar mas esgotou-se.
Só por encomenda ou volte para a semana!
Logo, será mais fácil de se encontrar tais exemplares nas livrarias clássicas de Lisboa, Coimbra ou Santarém!
Pois é caro ciberleitor! Tivemos sol na eira e agora ai está a chuva no nabal!
Tanta falta que ela faz nas lides agrícolas!
Que não caia granizo!
Cidadão?
Que desfecho, meu Djah!
Nunca lhe passou pela idéia que essa construção seja um posto de vigia para o pessoal ver se dá com o crocodilo perdido ou que spossa vir a ser a estrutura para os caçadores armarem o palanque de espera ao javali?
Ora tome, que essa criatividade está em baixo de forma!
Ciber Joaquim!
A hipótese do crocodilo rondar essas águas foi posta de lado na medida em que o sáurio teria de escalar a muralha do Castelo de Bode!
Por exemplo, se no açude insuflável, as bogas e as enguias se vêm à rasca para irem desovar ao Àquapólis como é que um crocodilo no paredão se mandava de cabeça abaixo?
Palanque para a espera ao javali será a hipótese mais provável na medida em que, com os sulcos causados pelos rodados dos Chunning-Tugas, o espaço junto ao Tubucossauro se assemelha a um cevadouro de porcos-bravos.
Consistirá talvez uma prática de aproximação da população ao rio.
Da criatividade, com tanto vírus e tanto pólen no espaço como pretenderia o amigo, que cá o Cidadão debitasse excelentes performances?
Se considerar que este post é constituído por aproximadamente 13.435 caracteres decerto que perdoará a quebra!!!
Mande sempre paletes de excelentíssimos e bem humorados bitáites!
Caro Cidadão abt:
Depois de ler a sua reposta ao meu comentário aqui neste post eu decidi comentar de novo aqui em contra resposta daquilo que vc aqui diz no termo seguinte:
-------------------------------
Quanto à publicação do livro, são várias as opiniões nesse sentido, quer vindas pela Web como em conversas pessoais.
A leitura mais procurada na região de Abrantes è a cor-de-rosa!
Vá-se a uma qualquer livraria em busca de determinada obra e a resposta estereotipada é que tiveram um exemplar mas esgotou-se.
Só por encomenda ou volte para a semana!
Logo, será mais fácil de se encontrar tais exemplares nas livrarias clássicas de Lisboa, Coimbra ou Santarém!
--------------------------------
Quanto à leitura cor de rosa, essa é derivada da influência inpingida pelos tapa olhos que e os tendenciosos que contaminam as Tvs, Comunicação Social etc..
Uma praga pior que aquelas dos gafanhotos em tempos já bem conhecidos.
Quando certas coisas andam a reboque de gente sem cultura e sem gosto por aquilo que tem valor é isso que acontece, lixo e mais lixo por aí a rebolar por todo o lado.
Mas não se pode pensar assim quando existe coisas de valor porque, aqueles que sabem o que tem valor e é digno de se ler porque existe matéria para isso até adquirem essa leitura de bom grado porque faz parte de uma cultura própria das pessoas com um certo grau de inteligência.
Também já devorei muitos livros de vários géneros onde neles muito aprendi culturalmente porque o conteúdo além de ser vasto é muito rico e, através do tempo, o conhecimento das coisas reais da vida lá estão nessa leitura onde nada se perde mas muito se ganha por dedicação aquilo que tem valor.
Hoje em dia até se torna fácil escrever um livro seja ele de que matéria for mas, o valor, está no conteúdo que cada livro contém, sendo que, de tanta leitura existente por esse país fora se possa destacar aquilo que defacto é leitura com calibre e inteligente aos olhos de quem a leia e a possa sentir bem no íntimo com relevância.
Cores de rosa, azuis, amarelas, verdes, vermelhas etc., cada uma no seu lugar mas no final, de todas as cores há aquela que nos cai cá dentro com o real valor de se ter o gosto de ler e reler para que no fim se possa dizer:
Isto sim, valeu a pena adquirir porque tem estofo e matéria para fazer parte daquilo que eu gosto.
Acho que esta pequena resenha de resposta ao seu desabafo é uma valorização e um alento para que um dia tal se possa concretizar.
Até por aqui já vi mais alguém dando este alento como eu o fiz.
Boa Páscoa e uns bolinhos de ovos com amêndoas fazem esquecer a tristeza que abunda cá pelo burgo.
Caro cidadão abt!
Imperdoável a minha distracção...Estava desejosa de ler o segundo capítulo e só hoje "aqui cheguei"!
Tal como imaginava ,o desenrolar dos acontecimentos esteve muito interessante!!!
Mais uma vez,muitos parabéns e faço votos de que "certas pessoas"meditem" nas mensagens que aqui deixou de uma forma muito inteligente.
Abraços.
Olá Cidadão:
Da primeira vez que li esta crónica presumi que a construção se tratasse de algo ficcionado e subjectivo, enquadrado no contexto.
Depois de impressões partilhadas com gente dessa região e colhendo mais informação na internet, constatei estupefacto que afinal, essa construção é bem real, motivo que agora me impulsionou em escrever aqui este comentário.
Não entendo muito bem qual a funcionalidade desta construção na perspectiva de cais fluvial e quais os benefícios dai advindos!
No contexto nacional de aglutinação de freguesias por razões economicistas, só em Abrantes se esbanjam capitais em prol de obras subjectivas, relegando para dúbio plano os fregueses carenciados que necessitarão de obras de restauro nas suas habitações e bem poderiam ser auxiliados pelo superávit municipal, mas não.
Infelizmente aí em Abrantes os responsáveis insistem em promover projectos subsidiados para estes fins.
Enfim, passe bem.
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