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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os objectivos pretendidos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, padronizadas, politicamente correctas, adormecidas... ou espartilhadas por fórmulas e preconceitos. Embora parte dos seus artigos se possam "condimentar" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade de expressão" com libertinagem de expressão, considerando que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros"(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico, dinâmico, algo corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausado, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas incursões, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell). Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de interessantes sítios a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão abt com alguma dessas correntes... mas tão só a abertura e o consequente o enriquecimento resultantes da análise aos diferentes ideais e correntes de opinião, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais, válidos e úteis, dando especial primazia aos "nossos" blogues autóctones... Uma acutilância aqui, uma ironia ali, uma dica do além... Assim se vai construindo este blogue... Ligue o som e... Boas leituras.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A REGENERAÇÃO


A REGENERAÇÃO


  Está visto e ouvisto* que a edilidade abrantina se enfadou com o visual do Jardim da República e bem pensado, melhor decidiu adequá-lo às novas exigências...
Para promoção desse desconcertante local do cabeço, vão valendo os postais ilustrados publicados pelo Cidadão abt!
O espaço revela-se desvitalizado, apresentando uma estatuária antiquíssima, inaugurada no ano de1968 e ainda por cima alusiva à Primeira Grande Guerra de1914 a1918!
Os bancos estão velhos, os canteiros estão velhos, os arbustos estão velhos, o repuxo está velho e até os idosos estão envelhecidos!
O bucho, também velho e baixinho, impede que os lulus pedriguêses defequem cagalhôtos de marca nos canteiros das flores que protege, razão para que seja substituído por vegetação sui generis e de parca manutenção, talvez algo sinteticamente enquadrado na onda tecnológica do silicone valley...
Hum... ...Temos aqui um busto à maneira... ...Há alguns expostos nas praças tubucas... ...Para mal dos nossos pecados... ...infelizmente são em bronze... ...
 ...Adiante... ...
...Para tal bastando sacudir-lhe os pózes, equacionado ao facto do entrudo ser a época tradicionalmente indicada para mandarmos o bucho abaixo, isto é, se não optássemos pela sua poda, claro está!
Não plantando o arbusto artificial, ainda mais pratica e aligeirada a coisa se fará!
Torna-se imperioso eliminar o hibisco manhoso que apenas dá flores durante a primavera, acabando-se de vez com a polinização que todos os anos vem fecundando amígdalas, seios paranasais e globos oculares dos abrantinos, poupando-os em anti-histamínicos! 
Esse arbusto depois de bem ressequido poderá ser aproveitado para eliminar as gorduras dos autarcas desintegrados porquanto a sua infusão queima até oito quilos de lípidos em trinta dias, sendo a ingestão desaconselhada à senhora presidenta do município abrantino que tomando matcha... 
...uma excelente cházada Japonesa cujo sabor agreste deverá ser cortado com talhadas de toucinho-do-céu, barrigas de freira, papos d’anjo ou overdoses de palha de Abrantes, sendo a chefa dos autarcas tubucos suficientemente elegante para alinhar no hibisco!
Remova-se o bebedouro, ora atravancado no caminho dos viajeiros que com umas porradas dos vândalos e o aval do ex-VPC (leia-se ex Vereador Pina da Costa) volta e meia deixava de botar água... 
...havendo para sua substituição bastantes garrafinhas à venda nos estabelecimentos hoteleiros das proximidades, reextruturando-se a àrea envolvente no sentido de permitir aos juvenis descarregar os excessos de testosterona sobre as floreiras amovíveis e estrategicamente posicionadas nos canteiros futuramente calcetados.
O monumento alusivo aos Combatentes da Grande Guerra poderá vir a ser substituído por protótipo em liga leve, sugerindo-se o poliuretano expansivo, sendo a sapata provida de rodas livres, possibilitando a sua deslocalização pela acção muscular do jardineiro que seguindo o conceito inovador de paisagem urbana modular, possibilitará o arrumo do conjunto num recanto do espaço que se poderá designar “Praça Celestial" e aí instalar por exemplo uma tenda parecida com a do Gaddafi!
Os pombos irritantes e curiosos que esvoaçando defecam em tudo quanto é sítio...
...inclusive sobre os ombros dos transeuntes... 
-Mas que neura... 
Esses ovíparos alados serão substituídos por pigéons... 
...consistindo em protótipos de plástico normalmente utilizados no ludribiar da caça à rolinha, acabando-se de vez com os arrulhos incomodativos desses pássaros sedentos de noticias e que ainda por cima perturbam a concentração dos leitores!
As árvores são outros empecilhos que largam frutos e folhagem e os troncos enrugados cortam o ângulo de visão ao pessoal!
Por exemplo este pinheiro obsoleto dá por'li mau aspecto, tendo sido conveniente ir pr’ó galheiro sob a tormenta de 19 de Janeiro ficando as expectativas goradas pelas raízes há séculos entranhadas no subsolo e nem uma pernada a ventania lhe atreveu esgalhar!
Fica para a próxima leva!
Vá-se botar abaixo aquela árvore manhosa que devido às podas mal amanhadas, por ora se debruça perigosamente sobre o quiosque.
Com a eliminação do arvoredo no perímetro urbano, qualquer dia poderão vir a acontecer cenas deste género na city...
O repuxo está morto e o lago que de facto não é um fundo sem poço* torna-se numa massa de água parada onde convivem mosquitos, alfaiates, carochos anfíbios e outros trincaldos.
Como a Câmara Municipal possui o micro-charco no campo de Basebol onde poderá ser estudada a biodiversidade do meio aquático, incluindo algumas espécies raras tal como por exemplo as partidas do taco... 
...o lago do jardim republicano poderá vir a ser terraplanado com entulho.
Recauchutar-se-ão os idosos que pretendam integrar a paisagem porque à semelhança do sucedido na Praça do Batalhão...
...implementar-se-ão figurantes em latão para sentar nos bancos do recinto público e com um bocado de sorte talvez a autarquia para ali concessione um salão de beleza que cocoone os verdadeiros em Clooney’s e Beyoncé’s.
Posto a taxa de natalidade ser diminuta e estando o parque infantil desfasado da época, sugere-se que este espaço lúdico seja remodelado com equipamentos semelhantes aos instalados no Àquapólis, no sentido de permitir que as brigadas do reumático nele possam desenferrujar as suas articulações.
Muito in!
Dado o Largo 1º de Maio se encontrar desencalacrado com as obras do hipotético Mercado Municipal projectado em terreno desnivelado, esta praça será dotada de polivalências para que nela se desenrolem as festas da cidade e demais eventos culturais, só assim se conseguindo maior... ããã... “usufruição” do espaço actualmente esquecido.
Ao que uns tomam por descaracterização e despesismo inoportuno para a época que atravessamos, outros dizem que é uma espécie de regeneração.
-E o povo, pá? 
O povo é quem sustenta tudo isto, pá!
*léxico relvês

6 comentários:

Joaquim disse...

Já agora, poderiam colocar nesses artísticos jardins e noutros da Cidade, o que está a acontecer no muro do Barulho em Tramagal.Colocar pedras em vez da relva, que precisa de água. Ao que chegamos. E depois quexam-se que oplaneta está quente. Tanta falta de imaginação que brota por estes lados. Os maus acessos naquele local ficam na mesma. É mesmo muito mau o que se está a fazer.

O Cidadão abt disse...



Olá Joaquim:

Este Joaquim não parece ser o Joaquim habitué deste espaço cibernético e que se assina com um selo J, dai as boas vindas.

A colocação de pedras em vez de relvas no Muro do barulho em Tramagal, poderá ter um significado algo subliminar...

Os canteiros do Jardim da República vão ser calcetados, o que vai dar ao mesmo. quer dizer... as pedras da calçada são talhadas à medida umas das outras enquanto essas do Tramagal serão seixos do rio...
Algumas rotundas de Abrantes também as têm!

Uma zona urbana provida de vegetação permite que durante o verão a temperatura ambiente desça 6 graus e durante o inverno suba os mesmos 6 graus em relação a uma zona desprovida de vegetação.

A vegetação em ambiente urbano também reduz a poluição sonora, travando a propagação das ondas e protege as pessoas dos raios ultravioleta conservando as concentrações de teor de humidade.

O Concelho de Abrantes é inovador, substituindo a vegetação por calhaus e paredes brancas!

Quanto às acessibilidades, há pelo Tramagal uma data de ruas completamente esventradas e que não se vislumbra meio de serem repavimentadas!

Reportaria o ciber para este post:

http://ocidadaoabt-cronicas.blogspot.pt/2011/10/vila.html

E.. recorde esta antevisão da Bola de Cristal que faz concorrência às antevisões do Museu Ibérico:

"Essa Vila nem da biblioteca côr dará e só plátanos lhe restarão, idosos aos magotes lhe sobrarão e pelas ruelas partidas, esburacadas e esventradas, um pequeno e submisso feiticeiro cavalgando seu negro e brilhante alazão adornado de cromados ferros, percorrerá... pois que nelas escassos plebeus buscará e outros tantos se abrigarão do abrasador calor que por lá se sentirá..."

Mande sempre, bitáitadas!













Comerciante c. histórico disse...

Pela primeira vez na vida comento num blogue. Sou um comerciante aqui do centro histórico de Abrantes e o que me leva a faze-lo foi ser avisado por dois vizinhos que também t~em comercio no centro histórico. De vez em quando vejo os seus trabalhos, não sei quem você é mas uma coisa é certa, você com a sua critica e a sua ironia consegue fazer mais por esta terra desgraçada do que certos senhores doutores professores ligados à politica concelhia que só trabalham pelos seus interesses. Os meus vizinhos chamaram-me a tenção para o que se passou num programa da rádio antena livre que dá salvo erro às quartas feiras à moite, e se não me engano o caso passou-se na noite de 6 de fevereiro onde o senhor professor Jana, num programa feito por ele. Aos microfones da rádio teve a infeliz ideia de classificar de espantalhos as arvores de natal construidas por todos nós, comerciantes do centro historico e de algumas associaçoes. Numa tirada infeliz quis o professor Jana dizer que as arvores construidas por nós serviram para afugentar clientes. DEsta maneira o senhor professor Alves Jana foi contra a proposta apresentada pela camara e pela associação dos comerciantes, para que na falta das decoraçoes do natal fizessemos a decoração das ruas junto às nossas lojas. Foi triste saber como uma pessoa formada denegriu o trabalho dos que deram o seu melhor na promoção do comercio que só de si vai pelas ruas da amargura. Não é assim que o senhor professor Jana regenera o centro historico nem é assim que incentiva os comerciantes a regenera-lo. Estes politiqueiros na reforma garantida só regeneram quando é para se regenerarem. A si, senhor cidadão, aproveito para lhe agradecer a publicação das fotografias nos seus blogues das viagens, uma das muitas suas atitudes que mostram quem torce por esta terra e quem no fim de contas nos denigre a imagem.

O Cidadão abt disse...



Caro Comerciante histórico:

Devido ao adiantado da hora em que é radiodifundido essa rubrica "Radar," não foi fácil encontrar alguém que o tivesse ouvido para assim poder confirmar os dados.

Rebuscando entre o pessoal dos turnos lá apareceu alguém que observou ter ouvido o Professor Alves Jana referir-se às árvores de natal como sendo espantalhos ao que o locutor de serviço tentou por duas vezes corrigir a definição observando que os espantalhos são expostos noutro evento anual tendo o Professor Alves Jana feito questão de insistir em apelidar as árvores de natal como sendo espantalhos.

Menos mal, vindo de quem torce pela "sua" terra.

-Ah! Ah! Ah?!Uma trampa! Cada um desce como quer!

Exclamou o líder africano acabadinho de mandar um tralho, ao sair do alto das escadas do Boeing 747!

HORTA F's disse...

Boas Cidadão.

Deduzo que, segundo a sua dissertação, as árvores do Jardim da República correm perigo de vida. É normal a falta de respeito pelas àrvores, por parte da CMA, por isso não fico surpreendido. Talvez uma petição possa evitar o abate das àrvores.

Aproveito este comentário, caro Cidadão, para lhe perguntar o que se passa com o açude do "grande Mar de Abrantes. Li 'prá'i' que tem estado como que esvaziado.
Desde já agradeço a sua atenção.

Cumprimentos.

O Cidadão abt disse...

Olá, Horta F's!

Parece que após o celeuma gerado em torno do assunto e por alerta de alguns habitantes mais atentos, por enquanto as árvores se vão mantendo de pé!
Da vegetação, só buchos e arbustos vão abaixo!

A proximidade das eleições não permite desagrados para com a população.

Quanto ao açude, passado um mês, as águas voltaram ao nível do espelho, talvez devido ao aumento do caudal vindo de Espanha, ou segundo um dos comentadores, o estouro se devesse a uma conduta de ar com fácil concerto.

Como calculará, estes assuntos são segredo para a população que serve para descontar, mirar e votar!

O certo é que durante uns quinze dias depois de um forte estouro ouvido pelos pescadores, o açude esteve coxo, com uma comporta em baixo de forma e as outras insufladas.

A empresa alemã que faz a monitorização do açude alertou a Câmara para que arreasse as comportas devido ao caudal que causava más vibrações.

Por outro lado a edilidade explicou que a obra ainda não foi entregue à câmara de Abrantes, como concluída.

Com a chegada da época estival e a redução do caudal do Tejo logo se verá se a cena é do cú ou das calças.

Saudações blogisticas!