PARADOXOS
Tomava uma fresca stout na esplanada do Parque Urbano de são Lourenço quando
este Cidadão percepcionou viaturas da mais fina gama convergindo para os estacionamentos, indiciando que
estaria para rebentar algo fora do normal… talvez a reunião para um
golpe de Estado, se bem quando um conhecido lhe explicou que ia ali dar-se a
reapresentação da recandidatura a represidente
do município tubuco bem como o lançamento de um novo movimento cívico
acabando o amigo por oferendar um exemplar do convite para a coisa…entretanto como o post é de reduzida feitura, vão sendo publicados alguns dos muppies que sugestivamente se poderiam encontrar em locais próprios de se girar à fartazana... sobre o quais o ciberleitor poderá clikar por duas singelas vezes, caso pretenda inteirar-se das sábias mensagens recontidas...
Podendo
estar no momento e sítio errados e sendo a curiosidade quem matou o gato, o
mais correcto seria ter dado de frosques mas consoante a adrenalina se foi apoderando da mente, assim a divina providência convenceu este rapaz que de facto estaria no local certo e à hora exacta…
Antes que esqueça, tudo isto se passou no fim de
tarde do dia sete de Julho do ano da graça de dois mil e treze depois de Jesus Cristo ter vindo ao mundo!
Diz-se
que a casamentos, festas de anos e a baptizados só vão os convidados…
Pelo
teor do convite, este rapaz foi-se integrando no ambiente preponderantemente composto por gentes abastadas que terão respondido à convocatória,
em número tendencialmente igualitário ao contingente dos bombeiros
profissionais que se manifestaram a doze de Junho do corrente ano…
Se
a menina Joaninha da rádio subsidiada a quem foi incumbido propagandear a
notícia, o permitir, aqui queria este praça observar que a lotação do Parque Urbano de São Lourenço não
estaria necessariamente “cheio e repleto
de apoiantes” à causa vertida, transparecendo a parcialidade da notícia no
redundante reforço do “cheio e repleto,”
mas sim preenchido por convidados de outros quadrantes políticos, desde democratas cristãos a marxistas, leninistas e trotskistas, elementos diversos, jornalistas e alguns paraquedistas
esperançados num lugar ao sol, tal como vem sucedendo em qualquer congresso
nacional das organizações partidárias onde estão presentes os representantes de
distintas correntes ideológicas, a não ser que ao nível do Concelho de Abrantes a
selecção partidária fosse de tal forma minuciosa que garantisse a exclusividade
dos presentes, a não ser que a máquina tivesse funcionado no sentido de passar a
imagem de totalitarismo cilindrante aos candidatos concorrentes à poltrona do município tubuco…
Encantado
ficou este eleitor com os discursos de pompa e circunstância convergentes para
a apresentação da recandidatura autárquica onde omitindo as partes gagas, em
que a candidata fez a egospectiva da
sua gestão, amadrinhando a Comissão Autárquica de Cidadania que conta com a colaboração de cem habituais membros,
presumindo-se que uma espécie de centopeia, que é bicha feia...
...ou o embrião de nova
ordem social baseada na representatividade democrática delegada no socialismo feudal!
Considerando que os movimentos de cidadania à margem dos partidos políticos estão na ordem do dia e que os Independentes para a Câmara de Abrantes capitularam na rentrée, nada mais oportuno do que criar uma comissão de cidadania que tente aglutinar os potenciais eleitores, minimizando a dispersão de "apoiantes" pelos outros pretendentes ao poder local...
Não será assim?
No meio de tantos crânios, naturalmente não teria sido apenas o lerdo do
Cidadão
a perceber que há quatro anos, a candidatura dos Independentes não passou dum mero satélite do partido institucionalizado
no poder tubuciano… uma espécie de yes woman…
Entre
os discursos articulados por gente ligada à comunicação e interveniente na
industria, cultura e associações de intervenção social onde bem se enquadra a
recém-criada Sociedade Civil gestora da
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, revelador de
que o voluntariado e a carolice de uns quantos continua sendo a promoção social
e económica de outros tantos, também transpareceu que haveria mais do que um ponto
em comum, não se sentindo a ausência da Senhora
Mediadora Municipal para as Minorias
Étnicas de Abrantes talvez porque se encontre a estudar a estratégia em
como fazer calar os meninos da minoria étnica que passam o período nocturno aos
berros na via pública esbanjando o Rendimento
Mínimo Garantido e o Subsídio de
Reinserção em litrosas e afins, perturbando o descanso da comunidade
maioritariamente silenciosa que tem de trabalhar durante o dia para sustento e viabilidade
da Segurança Social, nem o visível distanciamento
de alguns doutorados face aos progenitores que presentes mais pareciam
ausentes, decerto porque os convivas seriam tendencialmente homogéneos e nestes
pavoniosos “cerimoniais
de cidadania” querem-se os idosos
resguardados na despensa ou depositados no velhão…
Em
primeiro, parte dos membros da nuance do “Cidadania XXI” que sumiu misteriosamente do espectro concelhio, bem como o
espaço hoteleiro concessionado para a cerimónia de apresentação da pseudo
comissão cujo prazo de validade rondará Outubro,
são simultaneamente elementos do madrugador BNI-Estratégia, organização circunscrita à engrenagem presidida
pelo coacho transversal a tudo quanto
em Abrantes se possa associar ao regime + familiarmente responsável,
vinculando os membros aderentes a rígidas regras de de fidelidade, votos de
castidade e acções concertadas na angariação de clientes interpares,
contrariando as normas vigentes de livre concorrência no que concerne à
dependência económica e ao abuso da posição dominante nos mercados…
No
entusiasmo da sua adorável técnica de “discurso
de improviso programado”, novo conceito rectórico com direito de autor e marca
registada em Abrantes, a recandidata Maria do Céu referiu-se à confortável
estabilidade financeira do município, assunto que no meio de tanto improviso,
por duas vezes deu jeitos de escorregar para a polémica popularucha das trinta
oliveiras centenárias adquiridas por sessenta mil euros aos familiares do
colega autarca de Proença-a-Nova, ou
para as questões das dividas com prestadores de serviços, recentemente entradas
em tribunal, depressa dai aligeirando o sentido devido ao apetite aguçado em se
inteirar do que tão relevante se teria acrescentado às três principais rotundas de Abrantes…
Na
das oliveiras…ããã… do Lagar (flagrante indício
de improviso programado), na rotunda do Quartel e na rotunda do Rossio…
Foram
momentos de profligas emoções!
Entre
os manifestos de regozijo só faltou o abaixo inserido abraçalho do carinho mais do que ultrapassado pelas directrizes da troika da Merkel!
No
seu improviso informalmente programado
de garantir as funções aos novos apoiantes declarados, também a recandidata
salientou o desejo de que o recém-criado Movimento
Cívico para a Cidadania a possa acompanhar durante o próximo mandato, até
2017…
Pudera!
Se assim não acontecer, certamente que os munícipes estarão todos quilhados da vidinha!
Os
cidadãos abrantinos e os membros do movimento cívico, claro!
O
segundo ponto comum refere-se à mensagem transversal passada pelos discursastes…
Enquanto
o jovem músico realçou o facto de ter notado uma evolução positiva no
desenvolvimento cultural durante o último mandato da Senhora Maria do Céu Albuquerque, não ficando claro se o orador discursaria na
primeira pessoa, demais também foi reforçado pelo industrial das decapagens que
na tal Comissão Autárquica para a Cidadania caberão os intervenientes de
todos os quadrantes, desde que não seja para fazerem política… porquanto o
objectivo principal a atingir será o desenvolvimento económico do Concelho de Abrantes…
Ora
porra! Não sendo política, isto é de ética, ou do mais elaborado marketing?
A
prática do marketing consiste num
conjunto de estratégias que tenham em conta a criação, divulgação, intercâmbio
de bens e produtos materiais ou imateriais que alcancem a satisfação dos
visados na forma de consumidores, clientes, parceiros ou grupos sociais,
colhendo os incrementadores, benefícios daquilo que desejam.
Política será a ciência de influenciar um colectivo de indivíduos ou multidão de
acordo com determinadas correntes ou orientações ideológicas, recorrendo a um
conjunto de meios adequados a resgatar vantagens a fim de alcançar os
objectivos pretendidos e o exercício de convencer para manter e exercer algum
tipo de poder perante a sociedade civil?
Durante
a cerimónia de apresentação desta comissão para a cidadania, Abrantes acabou por registar dois novos
conceitos para as seguintes figuras:
Apolítico: indivíduo anuente às directivas sugestionadas e aderente às de coaching e marketing político subsidiadas pelo poder local. Seguidista incondicional do sistema institucionalizado. Pessoa que procure defender os interesses pessoais recorrendo a organizações satélite do regime. O atento em colher benefícios do regime. Clientelista. Subsidio-dependente. Vira-casacas.
Politico:
individuo dissidente dos discursos de improviso programado proferidos pela querida
líder. O que exerce cidadania activa. Aquele que não alinhe em convites de propaganda. O que possui opinião própria. Crítico ao regime programado. O vertical.
Certo?
Se
naquela organização pseudo administrativa só cabiam os apolíticos, então
estaríamos perante o exercício do mais puro marketing
político com doses de coaching à
mistura e os incautos convidados fazendo parte integrante da encenação, à semelhança do que vem sucedendo na terra dos hayatolah's, em Cuba ou na Coreia do Norte...
Porque a empresa da propaganda se esqueceu ou afadigada com a estratégia propagandística, o certo é que no Sábado precedente ter-se-á a recandidata a represidenta dos tubucos olvidado o Festival de Folclore acontecido na Vila do Tramagal onde perdeu a oportunidade de dar um pézinho de dança com o Presidente da Junta e demais crentes na futura ponte que ligará as duas margens do Tejo... uma espera do camandro que deixou os tramagalenses desapontados... diga-se, de passagem!
Entre
abraços e beijinhos, ao sabor da noite escoada pelo esgalhanço juvenil agarrado aos instrumentos de corda, teclas, percussão e sopro, o espumante rosé pingou nos flutes ao ponto de entre diferentes sensações um bocado graduadas, cá o Cidadão ir comutando o conceito de "marketing político"com “antevisão de festa d'anos"…
1 comentário:
-Ora Viva,
"...Porque a empresa da propaganda se esqueceu ou fadigada com a estratégia propagandística, o certo é que no Sábado precedente ter-se-á a recandidata a represidenta dos tubucos olvidado o Festival de Folclore acontecido na Vila do Tramagal onde perdeu a oportunidade de dar um pézinho de dança com o Presidente da Junta e demais crentes na futura ponte que ligará as duas margens do Tejo... uma espera do camandro que deixou os tramagalenses desapontados... diga-se, de passagem!(...)".
SEM COMENTÁRIOS.
ipsis verbis!
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